O setor de seguros no Brasil demonstrou um sólido desempenho nos primeiros seis meses de 2023, arrecadando um total de R$ 181,77 bilhões, o que equivale a um aumento de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2022. Essa receita representa os pagamentos feitos pelos segurados para proteger seus riscos junto às seguradoras.

De acordo com os dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que se baseou nas informações fornecidas pelas empresas supervisionadas por ela, incluindo seguradoras e empresas de previdência complementar aberta e capitalização, o setor também efetuou reembolsos e pagamentos no valor total de R$ 113,64 bilhões referentes a indenizações, resgates e sorteios no mesmo período.

Dentro desse panorama, os seguros de danos, que abrangem a proteção ao patrimônio dos segurados, e os seguros de pessoas, que englobam categorias como seguro de vida, acidentes pessoais e viagens, tiveram um destaque significativo. 

Excluindo-se o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), uma modalidade de previdência privada, a arrecadação acumulada nos primeiros seis meses do ano chegou a R$ 89,83 bilhões, refletindo um aumento notável de 12,3% em relação ao mesmo período no ano anterior.

No segmento de seguros de danos, a arrecadação de prêmios subiu 14,6% até junho deste ano, comparada ao mesmo período do ano passado. Especificamente, o seguro automóvel, que é o ramo mais difundido entre os brasileiros, totalizou R$ 26,99 bilhões em prêmios durante o primeiro semestre de 2023, um incremento de 18,3% em relação a 2022.

Seguro contra riscos cibernéticos

Destacando-se entre as diversas categorias, os seguros contra riscos cibernéticos mostraram um aumento expressivo, arrecadando um montante de R$ 98,12 milhões no período. Isso representa um crescimento notável de 27,2% em relação a 2022. A Susep enfatizou o contínuo crescimento desse segmento e apontou que a arrecadação do primeiro semestre de 2023 é onze vezes superior à do mesmo período em 2019.

O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, observou que há uma necessidade crescente de desenvolver coberturas e percepções adequadas para riscos e interesses seguráveis relacionados à tecnologia, como os riscos cibernéticos, que podem envolver questões de privacidade e infraestruturas econômicas críticas do país. 

Octaviano ainda afirmou que a Susep está empenhada em emitir regulamentações apropriadas para enfrentar os desafios decorrentes da inovação tecnológica e contribuir para o avanço desse setor.

No âmbito dos seguros de pessoas, o destaque foi o seguro de vida, que alcançou um total acumulado de R$ 14,29 bilhões até junho de 2023, marcando um crescimento considerável de 11,3% em relação ao primeiro semestre de 2022.

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