Índice Dow Jones: o que é?
Não é segredo que os Estados Unidos são referência em uma série de quesitos em relação aos outros países. Afinal, ele ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores potências mundiais. Logo, a Bolsa de Valores norte-americana vai pelo mesmo caminho de influência dos demais mercados globais. Além disso, o sucesso da bolsa é consequência […]

Não é segredo que os Estados Unidos são referência em uma série de quesitos em relação aos outros países. Afinal, ele ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores potências mundiais. Logo, a Bolsa de Valores norte-americana vai pelo mesmo caminho de influência dos demais mercados globais. Além disso, o sucesso da bolsa é consequência de uma soma de fatores, como a solidez, estabilidade e investimentos promissores. Como resultado, o índice Dow Jones é uma peça-chave para os acionistas de todo o planeta.
Pensando na importância dele frente ao mercado de ações, este artigo irá explicar o que é, como funciona e alguns outros detalhes do índice. Confira!
O que é?
O índice Dow Jones é um indexador cuja finalidade é reproduzir o desenvolvimento dos 30 grandes ativos de companhias norte-americanas que são líderes de mercado no seu segmento. Somado a isso, seus negócios estão listados na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE).
Criado em 1896 por Charles Dow e Edward Davis Jones, ele é um dos índices estadunidenses mais antigos. A dupla de fundadores também era sócia do The Wall Street Journal, em que havia a publicação especializada no mercado financeiro e na economia.
Além de ser conhecido como Dow Jones, é possível encontrar nomenclaturas como DJI ou DJIA (Dow Jones Industrial Avarage).
A seleção dos papéis que vão compor o índice não é feita por aspectos técnicos, e sim pelos editores do The Wall Street Journal. Inicialmente, apenas companhias industriais eram selecionadas. Mas, com o passar dos anos, houve uma modificação e, atualmente, o segmento de serviços – setor financeiro e tecnologia – também estão incluídos nele.
Abaixo listamos algumas empresas que inseridas no Dow Jones:
- IBM
- Microsoft
- Pfizer
- Apple
- Walt Disney
- General Motors
- Nike
- Goodyear
Teoria de Dow
A chamada teoria de Dow, criada um ano depois do índice por Charles Dow, defende que há uma ligação entre as tendências do mercado de ações e as demais atividades de negócios. Em suma, essa teoria tem como finalidade analisar o comportamento dos preços para os papéis.
Ela pode ser composta por alguns princípios fundamentais. São eles:
Os índices se adaptam de acordo com a conjuntura econômica
Apesar das oscilações que acontecem com o tempo, os índices de referência se ajustam, rapidamente, às novas situações. Isso acontece porque consideram pontos do passado, presente e futuro para as análises. Nesse caso, enquanto a tendência não apresenta nenhuma alteração, os indexadores mantem o mesmo comportamento.
O mercado de ações segue três tendências
- Tendência primária
Este é um movimento constante dos papéis que resulta na valorização e desvalorização deles.
- Tendência secundária
Neste caso, o movimento é maior, caracterizado pelo sobe e desce recorrente.
- Tendência terciária
Por fim, a terciária é composta por movimentos pequenos, que são formados entre os ciclos do mercado.
Fases da tendência primária de ações
A teoria de Dow demonstra que a tendência primária das ações atravessa três fases e que vão indicar se o investidor deve ou não comprar o ativo naquele momento. São elas:
- Acumulação
Quando uma ação sofre desvalorização, o mercado financeiro tenta consumir as notícias negativas a fim de estabilizar o preço do ativo. Segundo a teoria, esse é o momento para realizar a compra de uma ação.
- Participação pública
Neste momento, acontecem altas inesperadas, que atraem acionistas, e resulta na valorização do papel.
- Distribuição
Nesta etapa, as notícias a respeito da valorização do ativo ganham repercussão e ficam conhecidas. Dessa forma, segundo Dow, para os investidores que compraram ações na fase da acumulação, esse é o momento de vendê-las.
Indicadores possuem comportamentos parecidos
De acordo com Charles Dow, é fundamental perceber os índices das ações de maneira que seja feita uma análise da situação econômica. Ou seja, para ele, os indexadores precisam apresentar um comportamento semelhante. Entretanto, eles evidenciam o que acontece com as diversas categorias de empresas.
Importância do Índice Dow Jones
Somando mais de 100 anos desde a sua criação, o índice Dow Jones é bastante comum no mercado financeiro. Como resultado da sua tradição no ambiente, ele é uma forma dos investidores obterem uma referência relevante e segura. Logo, é um dos aspectos que tornam o indexador importante.
Em seguida, outro fator de relevância para o Dow Jones é a função de servir como parâmetro para os negócios. Ou seja, em análises sobre o comportamento da economia e aplicações em ativos por um determinado tempo, assim como para um estudo sobre a conjuntura atual do mercado financeiro.
Ao mesmo tempo, ele contribui de maneira positiva para o conhecimento dos acionistas. Isto porque, os investidores possuem mais informações sobre o desempenho dos ativos de maior relevância na bolsa americana. Dessa forma, atua como uma importante ajuda na tomada de decisões.
Histórico do Dow Jones
1933 – Maior ganho percentual em um dia, totalizando 15,34%;
2001 – Quarta maior queda pontual, após o ataque de 11 de setembro;
2013 – Ultrapassou 15 mil pontos pela primeira vez;
2017 – Fechou acima de 20 mil pontos pela primeira vez;
2018 – Registrou o maior ganho de pontos em um dia, 1.086,25;
2019 – Ultrapassou 27 mil pontos pela primeira vez;
2020 – Registrou quedas históricas devido à pandemia do novo coronavírus.
Conclusão
Mesmo depois de mais 100 anos da sua criação, o índice Dow Jones influencia os investidores ao redor do mundo e permanece sendo referência para gestores de fundos.
Vale lembrar que, como qualquer outro indexador, tem a sua carteira ajustada ao longo do tempo. E, assim, pode acompanhar as modificações da conjuntura financeira. Um exemplo disso foi a modificação de 12 ações – número inicial de empresas que faziam parte do índice – para 30.
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