Vamos (VAMO3) dispara 8% após Citi elevar recomendação
As ações da Vamos (VAMO3) subiram 7,9%, cotadas a R$ 4,36, após o Citi elevar a recomendação para neutra e ajustar o preço-alvo de R$ 4,00 para R$ 4,20.
Foto: Divulgação
As ações da Vamos (VAMO3) avançaram significativamente nesta quinta-feira (28), subindo cerca de 7,9%, cotadas a R$ 4,36. O movimento acontece após o banco Citi elevar sua recomendação do papel de venda para neutra, ajustando também o preço-alvo de R$ 4,00 para R$ 4,20. Este ajuste reflete uma avaliação mais equilibrada do risco-retorno da companhia frente ao mercado de locação de veículos e caminhões seminovos.
A alta das ações da Vamos ocorre em meio a um cenário desafiador, marcado por revisões negativas nos lucros no primeiro semestre de 2025 e desvalorização das ações. O Citi destaca, no entanto, que o mercado já precifica melhor os desafios futuros, oferecendo agora um nível de risco-retorno mais interessante para investidores.
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Avaliação do Citi e perspectiva de mercado
O Citi observa que as ações da Vamos (VAMO3) estão atualmente negociadas a 5,4 vezes o P/L (preço sobre lucro) projetado para 2026. Apesar de expectativas de lucros menores no próximo ano, em razão de uma base de ativos reduzida, o banco considera que a precificação atual já incorpora boa parte dos riscos da empresa.
Porém, o Citi ressalta que a companhia ainda está sujeita a possíveis revisões negativas, caso as condições do mercado piorem além do esperado. Essa perspectiva reforça a importância de acompanhamento constante para investidores, considerando os desafios do setor de locação e a exposição da empresa a fatores financeiros e operacionais.
Segundo semestre de 2025 deve permanecer desafiador
O Citi alerta que o segundo semestre do ano seguirá complexo para a Vamos. Entre os principais fatores de risco, estão:
- Recuperação de ativos: altos volumes de recuperação podem reduzir a utilização da frota e afetar a receita de aluguel;
- Balanço alavancado: a dívida da companhia ainda pesa sobre o resultado financeiro;
- Despesas financeiras: custos adicionais podem impactar diretamente a lucratividade.
Além disso, a necessidade de acelerar a venda de caminhões seminovos pode gerar pressão nos custos e afetar os preços de revenda. Esses elementos combinados reforçam a percepção de que 2025 será um ano de desafios para a companhia, exigindo gestão estratégica e foco em eficiência operacional.
Estratégia da administração da Vamos
Apesar das dificuldades, o Citi avalia que a administração da Vamos (VAMO3) está adotando medidas adequadas para enfrentar o cenário atual. Entre as ações destacadas estão:
- Redução de capex líquido: diminui a alavancagem financeira e melhora a flexibilidade da empresa;
- Ajustes na base de contratos: busca maior eficiência e adaptação às demandas do mercado;
- Maior utilização da frota: estratégias como locação do Semprenovo ou vendas em maior escala visam otimizar a receita e reduzir custos ociosos.
Perspectivas de receita e margens
Com os resultados do segundo trimestre de 2025 já incorporados, o Citi projeta crescimento na receita da Vamos, impulsionado pelo aumento nas vendas de seminovos. No entanto, a utilização da frota deve permanecer baixa devido aos volumes de recuperação de ativos, impactando a receita de aluguel.
Além disso, os custos relacionados à expansão das lojas de seminovos e à preparação dos ativos para venda podem continuar pressionando as margens de Ebitda no curto prazo. Isso significa que, embora a receita apresente crescimento, a rentabilidade da empresa ainda enfrenta desafios importantes que exigem atenção do mercado e dos investidores.
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