Brasil cria 431,9 mil vagas formais em fevereiro, maior número desde o início da série histórica
Em fevereiro de 2025, o Brasil alcançou a criação de 431.995 vagas formais, o maior número registrado desde o início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

O Brasil registrou em fevereiro de 2025 a criação de 431.995 vagas com carteira assinada, um número que marca o maior saldo desde o início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse dado positivo destaca uma recuperação no mercado de trabalho formal e mostra um crescimento abrangente em diversas atividades econômicas.
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Recorde de vagas criadas em fevereiro
Com 431.995 novos postos de trabalho gerados no mês, fevereiro de 2025 se tornou o melhor desempenho histórico da série de dados, que mede as admissões e demissões no Brasil. O número superou os recordes anteriores, refletindo um cenário de otimismo e expansão no mercado de trabalho.
Esse desempenho é ainda mais significativo ao considerar que, no mesmo período, o total de admissões foi de 2.579.192, enquanto as demissões somaram 2.147.197, gerando um saldo positivo. Em tempos de incertezas econômicas, a criação de vagas formais reforça a ideia de que a recuperação econômica pode estar em andamento no país.
Setores econômicos em destaque
Os dados também revelam que o crescimento foi generalizado entre os diferentes setores econômicos, com todos os grupos registrando saldo positivo em fevereiro. Entre os setores que mais contribuíram para o aumento do número de vagas, destacam-se:
- Serviços: +254.812 vagas
- Indústria: +69.884 vagas
- Comércio: +46.587 vagas
- Construção: +40.871 vagas
- Agropecuária: +19.842 vagas
Esse desempenho é um reflexo de diversos fatores, incluindo a retomada da atividade econômica em setores de serviços, como turismo e comércio, além de uma sólida recuperação da indústria e da construção civil.
Salário médio real na contratação
Embora o saldo de vagas tenha sido expressivo, o salário médio real na contratação sofreu uma pequena queda. Em fevereiro, o valor médio pago aos trabalhadores foi de R$ 2.205,25, o que representa uma redução de 3,48% em comparação com janeiro, quando o salário médio foi de R$ 2.284,65. Embora o valor continue significativo, a redução reflete um possível ajuste no mercado de trabalho, onde a recuperação de empregos pode estar se dando com remunerações um pouco mais baixas em comparação aos meses anteriores.
Abertura de vagas no acumulado de 12 meses
A recuperação não é apenas pontual. No acumulado dos últimos doze meses, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, o país registrou a abertura de 1.782.761 novas vagas formais. Esse dado reforça uma tendência de crescimento sustentado no mercado de trabalho, com um saldo positivo significativo que demonstra a força da recuperação do emprego formal no Brasil.
Esse crescimento é essencial para a economia, já que as vagas formais contribuem para o aumento da arrecadação de impostos, além de gerar mais estabilidade econômica e social, devido aos benefícios oferecidos aos trabalhadores com carteira assinada, como férias, 13º salário e aposentadoria.
Desempenho regional: São Paulo, Minas Gerais e Paraná em Alta
Em termos regionais, os dados também refletem um desempenho positivo em grande parte do país. Dos 27 estados brasileiros, 26 apresentaram saldos positivos, com destaque para os três estados que mais contribuíram para o crescimento:
- São Paulo: +174,5 mil vagas
- Minas Gerais: +56,7 mil vagas
- Paraná: +39,17 mil vagas
Esses estados, que são centros econômicos do país, continuam sendo motores importantes da geração de empregos, refletindo um desempenho robusto nas atividades industriais, comerciais e de serviços. Por outro lado, Alagoas foi o único estado a registrar um saldo negativo, com a perda de 5,47 mil vagas no mês de fevereiro.