A União Europeia (UE) deu um passo significativo para apoiar a Ucrânia na sua luta contra a invasão russa ao anunciar a transferência de 1,5 bilhão de euros em receitas de ativos russos congelados. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez o anúncio nesta sexta-feira (26), destacando a importância dos fundos para a defesa e a reconstrução da Ucrânia. Esta decisão reflete a crescente pressão sobre Moscou e o compromisso da UE com a estabilidade na região.

A decisão de congelar os ativos russos foi tomada após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. Desde então, países ocidentais bloquearam aproximadamente US$ 300 bilhões em ativos soberanos russos. Essa medida não só visa pressionar Moscou, mas também garantir apoio financeiro para a Ucrânia durante o conflito. O bloqueio de ativos é parte de uma estratégia mais ampla para penalizar a Rússia e fortalecer a posição da Ucrânia na guerra.

Em um passo complementar, o Grupo das Sete (G7) e a União Europeia (UE) decidiram, no mês passado, usar os juros acumulados dos ativos russos congelados para financiar um empréstimo de US$ 50 bilhões para a Ucrânia. Este empréstimo é essencial para apoiar a Ucrânia na sua resistência contra a agressão russa, proporcionando recursos adicionais para defesa e estabilidade econômica.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, expressou seu sincero agradecimento à União Europeia (UE) e a Ursula von der Leyen pelo apoio contínuo. Shmyhal destacou a importância da contribuição da UE para a defesa e a reconstrução da Ucrânia, ressaltando que a ajuda internacional está desempenhando um papel crucial na criação de uma Europa mais segura e resiliente. A gratidão expressa pelo governo ucraniano reflete a importância desses fundos no contexto do conflito em andamento.

A Rússia, por sua vez, respondeu com cautela à decisão da UE. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a Rússia avaliará cuidadosamente como reagir à decisão de transferir ativos congelados. A Rússia prometeu explorar medidas legais contra a transferência, o que pode aumentar as tensões entre Moscou e os países ocidentais.

Além da transferência de fundos, os estados-membros da UE estão debatendo a possibilidade de estender as sanções sobre os ativos do banco central russo. Esta discussão visa garantir que o empréstimo do G7 para a Ucrânia continue a ser suportado financeiramente. O prolongamento das sanções é uma estratégia para manter a pressão sobre a Rússia e assegurar que os fundos congelados permaneçam disponíveis para apoio à Ucrânia.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.