Tarcísio de Freitas desmente candidatura à presidência em 2026 após resultados de pesquisa
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a desmentir qualquer intenção de se candidatar à Presidência da República em 2026, após pesquisa apontar seu nome como possível concorrente ao Planalto.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a negar que será candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, apesar de figurar em pesquisas recentes como um dos nomes cotados para o Planalto. A afirmação foi feita em entrevista à CNN Brasil, onde o governador destacou que está focado em seu trabalho à frente do Executivo paulista. Tarcísio de Freitas reafirmou seu compromisso com o cargo e declarou que não disputará cargos federais no próximo ano.
Pesquisa Genial/Quaest aponta cenário de fragmentação na corrida presidencial
Na manhã desta segunda-feira (3), foi divulgada a pesquisa Genial/Quaest, que trouxe uma análise do cenário político para as eleições de 2026. O levantamento, realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro com 4.500 entrevistados, apontou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa com 30% das intenções de voto, seguido de Tarcísio de Freitas, que obteve 13%. O governador paulista está em empate técnico com o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que registrou 12%, e com o empresário Pablo Marçal, que obteve 11%.
Tarcísio reforça seu foco nas questões estaduais
Apesar de sua posição relativamente alta nas pesquisas, Tarcísio de Freitas tem sido enfático em sua decisão de não concorrer ao cargo de presidente em 2026. Em entrevista anterior, em dezembro de 2024, o governador já havia afirmado que seu caminho para 2026 seria a reeleição ao governo de São Paulo, e que no cenário federal ele apoiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou um nome indicado por seu grupo político. Tarcísio ainda ressaltou que seu objetivo principal é fazer um bom trabalho para ajudar a direita a chegar à Presidência.
Cenário eleitoral fragmentado
A pesquisa Genial/Quaest também destacou a fragmentação nas candidaturas de oposição, com nomes conhecidos do cenário político, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), sendo apontados como os mais rejeitados pelos eleitores, com taxas elevadas de desaprovação. A disputa pelo cargo de presidente promete ser acirrada, com muitos pré-candidatos ainda em fase de articulação e outros com possibilidades de serem barrados pela Justiça Eleitoral.
Além de Tarcísio de Freitas, outros governadores são cotados para disputar a presidência, como Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás e Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais. No entanto, Caiado enfrenta um processo judicial que pode resultar em sua inelegibilidade, o que abre espaço para outros nomes na corrida presidencial. Já Marçal, também pré-candidato, pode ter sua candidatura inviabilizada caso se confirme sua inelegibilidade.
O impacto da rejeição nas eleições de 2026
A pesquisa Genial/Quaest traz à tona o impacto da rejeição de alguns nomes no cenário eleitoral de 2026. O nome do ex-deputado federal e possível pré-candidato, Eduardo Bolsonaro, lidera a lista de candidatos mais rejeitados, seguido pelo ministro Fernando Haddad, que também enfrenta dificuldades junto aos eleitores. Isso aponta para um cenário de polarização, onde a formação de alianças políticas será fundamental para consolidar uma candidatura viável no futuro próximo.
Outro ponto importante da pesquisa é o fato de Tarcísio de Freitas figurar como uma alternativa à esquerda e à direita, o que torna sua posição interessante em um momento de fragmentação nas candidaturas. Contudo, a negativa do governador em relação à sua candidatura presidencial deixa claro que ele não tem intenção de entrar nesse jogo, pelo menos por enquanto.