Na sequência da recente redução da taxa básica de juros pelo BCE, Martins Kazaks, que também atua como governador do banco central letão, expressou sua convicção de que a inflação, embora sujeita a flutuações, possa se alinhar com a meta de 2% do BCE no próximo ano. Esta visão respalda a possibilidade de novos cortes nas taxas de juros, desde que os dados futuros estejam em consonância com as projeções do BCE.

Durante uma entrevista em Dubrovnik, na Croácia, Kazaks endossou as previsões atuais do mercado, que sugerem uma ou duas reduções de 25 pontos-base nas taxas até o final do ano, com mais duas reduções esperadas no ano seguinte. Ele enfatizou que, embora a precificação de mercado pareça razoável, o BCE não está vinculado a um curso de ação predeterminado.

Kazaks destacou a importância da prudência, mencionando variáveis como o crescimento dos salários e as reações das empresas aos aumentos de custos, que podem moldar as tendências da inflação. Ele aconselhou contra reações exageradas a dados isolados, sugerindo que mudanças significativas e persistentes seriam necessárias para alterar a posição atual do BCE.

Embora a possibilidade de o BCE aumentar as taxas exija um grande choque externo, como um evento geopolítico significativo, Kazaks indicou que, exceto por tais cenários, a direção futura da política do BCE parece relativamente clara. Os ajustes no ritmo e na extensão das medidas serão determinados pela análise contínua dos dados disponíveis.