OpenAI lança 1800-ChatGPT para democratizar o acesso à IA via WhatsApp
Durante o Web Summit Rio 2025, a OpenAI anunciou o lançamento do 1800-ChatGPT, uma nova ferramenta que integra a inteligência artificial ao WhatsApp, com o objetivo de democratizar o acesso à tecnologia.

A OpenAI anunciou, durante o Web Summit Rio 2025, o lançamento do 1800-ChatGPT, um novo canal que integra a tecnologia de inteligência artificial (IA) do ChatGPT ao WhatsApp. Com esta novidade, a empresa visa tornar a IA mais acessível a todas as pessoas, independentemente de sua localização ou nível de familiaridade com a tecnologia. A integração com o WhatsApp facilita a utilização do ChatGPT em uma das plataformas de comunicação mais populares do Brasil e da América Latina.
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A nova era da IA
A OpenAI, conhecida por seus avanços tecnológicos no campo da IA, está se preparando para uma nova fase de expansão. 1800-ChatGPT chega como uma tentativa de democratizar o acesso à IA, permitindo que usuários do WhatsApp interajam com o sistema de maneira simples e intuitiva. Com o aumento do interesse por soluções baseadas em IA, a OpenAI busca a facilitação com a integração dessa tecnologia em diversos aspectos da vida cotidiana.
“Estamos lançando o 1800-ChatGPT, que possibilita que o GPT seja usado pelo WhatsApp, mostrando que ele pode ser democratizado para toda a população”, declarou Nicolas Robinson Andrade, Head de Global Affairs para América Latina e Caribe da OpenAI, durante sua apresentação no evento.
O lançamento foi feito no contexto de um evento que reuniu líderes e especialistas do setor de tecnologia no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir as tendências e os impactos da IA na América Latina. A região tem se mostrado um early adopter, sempre aberta a novas tecnologias, e com a IA não poderia ser diferente. A popularização do 1800-ChatGPT vem em boa hora para atender a essa demanda crescente por ferramentas que agreguem valor no dia a dia das pessoas.
Favela GPT
Um dos projetos mais impactantes apresentados por Andrade foi o Favela GPT, uma iniciativa que deseja levar educação gratuita sobre o uso de inteligência artificial a 13 comunidades do Rio de Janeiro. Essa ação, que tem como objetivo promover a inclusão digital, fornecendo treinamento para moradores dessas áreas sobre como utilizar as ferramentas de IA em suas rotinas. Com isso, a OpenAI espera não apenas aumentar a disseminação do conhecimento tecnológico, mas também oferecer oportunidades para as comunidades em situação de vulnerabilidade.
“Famílias de diversos contextos aprendem gratuitamente sobre como usar IA em suas vidas”, explicou Andrade, enfatizando a importância de projetos que promovem o acesso igualitário à tecnologia.
A iniciativa reflete o compromisso da OpenAI em apoiar a inclusão digital, ajudando a reduzir a desigualdade no acesso a tecnologias avançadas, como o ChatGPT, e promovendo a educação em comunidades que, tradicionalmente, têm pouco ou nenhum acesso a essas ferramentas.
Desafios e avanços na diversidade de IA
Um dos grandes desafios no desenvolvimento da IA é garantir que seus modelos não sejam influenciados por vieses de uma comunidade específica, o que pode afetar negativamente a qualidade e a imparcialidade das respostas geradas. Andrade destacou os esforços contínuos da OpenAI para reduzir esses vieses, trabalhando em melhorias pós-treinamento para diversificar as respostas e garantir que o modelo seja justo e inclusivo.
Além disso, a questão do suporte a diferentes idiomas foi levantada. A OpenAI está ciente das limitações atuais no GPT em termos de sua capacidade de operar em uma gama mais ampla de idiomas e está empenhada em melhorar essa questão. A diversidade linguística é um dos pilares para garantir que a IA seja acessível e eficaz para um público global.
“GPT ainda tem grandes desafios para se aprimorar em algumas linguagens, e por isso isso precisa ser aplicado nas mais diversas comunidades”, afirmou Andrade.
Uma ferramenta para ampliar as capacidades humanas e não substituí-las
Sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho, Andrade enfatizou que, longe de substituir os empregos, a IA tem o potencial de ampliar as capacidades humanas. Ele comparou o momento atual ao surgimento da calculadora, uma invenção que, embora tenha revolucionado a matemática, não substituiu a habilidade humana em descobrir novos conceitos.
“Nossos trabalhos foram facilitados pela IA, mas empregos não foram perdidos. Aviões já poderiam voar sozinhos, mas ainda são necessários o piloto e copiloto para voarem”, afirmou o executivo.