As ações da Magazine Luiza (MGLU3) lideraram as quedas do setor do varejo na Bolsa, registrando o oitavo pregão de baixa em onze dias durante o mês de abril. Na última segunda-feira (15), os papéis da empresa recuaram 7,83%, encerrando o dia cotados a R$1,53. No acumulado de abril, a queda atinge 15%, enquanto no ano de 2024 a redução chega a 28,7%. 

A desvalorização do valor de mercado da Magazine Luiza ocorre em meio ao aumento dos juros futuros (DIs) e ao contexto global de aversão ao risco, o que pode levar o Copom a revisar sua estratégia de redução da taxa Selic. Juros mais elevados impactam negativamente o desempenho de empresas como a Magalu, que são sensíveis a movimentos de alta nas taxas de juros.

Além disso, as ações da empresa se distanciaram da faixa de preço de R$2 logo após a aprovação de seu aumento de capital, no valor de R$1,25 bilhão. Adicionalmente, a empresa anunciou no final do mês anterior um grupamento de suas ações na proporção de 10 para 1, uma medida que gerou reação negativa por parte do mercado.

Varejistas recuam

Além da Magazine Luiza, outras varejistas também enfrentaram fortes perdas nesta segunda-feira. A C&A (CEAB3) despencou 8,6%, enquanto a Centauro (SBFG3) recuou 8,09%. Logo atrás, nas quedas, destacam-se a Casas Bahia (BHIA3) com uma baixa de 3,64%.

As perdas de ontem também afetaram a Lojas Renner (-1,25%), Soma (-3,18%), Arezzo (-3,23%), Petz (-1,91%), e Guararapes/Riachuelo (-3,28%). No setor de varejo de alimentos, também foram registradas quedas: Assaí (-1,79%), Carrefour (-0,25%), e GPA (-0,25%).