Na madrugada desta terça-feira, 10 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia de emergência no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento, uma craniotomia para drenagem de hematoma, foi realizado após o presidente sentir fortes dores de cabeça. Segundo informações do hospital, a cirurgia foi concluída com sucesso, e Lula está em boas condições de saúde, sob cuidados médicos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A equipe médica responsável pelo procedimento é liderada pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

O que aconteceu: a urgência da cirurgia

O presidente Lula foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sentir dores de cabeça intensas, que o levaram a procurar atendimento médico. Exames de imagem, incluindo uma ressonância magnética, revelaram uma hemorragia intracraniana, causada por um acidente ocorrido em outubro deste ano. O presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça, o que resultou em um hematoma. Ele precisou de cinco pontos na nuca para tratar os ferimentos. Apesar do acidente não ter apresentado complicações imediatas, a hemorragia foi identificada recentemente, exigindo a cirurgia emergencial.

Detalhes sobre o procedimento

A operação foi realizada no Hospital Sírio-Libanês, uma das instituições de saúde mais renomadas do Brasil. A equipe médica, liderada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e pela neurocirurgiã Ana Helena Germoglio, informou que a cirurgia transcorreu sem intercorrências. Lula permanece sob monitoramento constante na UTI do hospital, e o boletim médico divulgado pela instituição indicou que ele se encontra em boas condições clínicas. O tratamento e acompanhamento do presidente continuarão nas próximas horas e dias, conforme a recuperação de sua saúde.

Impacto no agenda do presidente

O acidente que levou à cirurgia de emergência também resultou no cancelamento de compromissos internacionais importantes de Lula. Entre os eventos afetados, destacam-se a cúpula do Brics, prevista para ocorrer em Kazan, Rússia, a COP16 sobre biodiversidade na Colômbia, e a COP29 sobre mudanças climáticas no Azerbaijão. As viagens, que faziam parte da agenda internacional de Lula, foram canceladas para que ele pudesse se concentrar em sua recuperação.

Histórico médico

O presidente Lula possui um histórico médico significativo, com destaque para a luta contra o câncer na laringe, diagnosticado em 2011, após o fim de seu segundo mandato. Em 2012, Lula anunciou que o tumor havia desaparecido, após tratamento bem-sucedido. Este episódio foi um marco na saúde do presidente, mas sua recuperação de saúde e sua retomada ao cenário político foram rápidas. A queda sofrida em outubro e a subsequente cirurgia para a drenagem do hematoma agora colocam Lula em um novo momento de recuperação, desta vez com a necessidade de monitoramento intensivo.