JBS (JBSS3) lucra R$1,6 bilhão no 1T24
A JBS (JBSS3), a maior processadora de carnes do mundo, divulgou um lucro líquido de R$1,646 bilhão no primeiro trimestre de 2024 (1T24), revertendo o prejuízo de R$1,453 bilhão registrado no mesmo período de 2023. A empresa destacou melhorias em diversos setores, embora o segmento de bovinos nos Estados Unidos ainda enfrente desafios. De acordo […]
A JBS (JBSS3), a maior processadora de carnes do mundo, divulgou um lucro líquido de R$1,646 bilhão no primeiro trimestre de 2024 (1T24), revertendo o prejuízo de R$1,453 bilhão registrado no mesmo período de 2023. A empresa destacou melhorias em diversos setores, embora o segmento de bovinos nos Estados Unidos ainda enfrente desafios.
De acordo com o balanço da JBS no 1T24, o primeiro trimestre do ano anterior foi marcado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, inflação alta em vários países e custos elevados de insumos. Neste ano, os negócios de aves e suínos no Brasil e nos EUA estão se beneficiando da queda nos custos com grãos, reduzindo o custo de alimentação dos animais.
A diminuição da oferta de animais nos EUA levou a um aumento nos custos de compra de gado, impactando os preços da carne e o consumo. Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, destacou que a diversificação global de proteínas da empresa contribuiu para os resultados positivos.
No período de janeiro a março, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia cresceu 197,3%, atingindo R$6,429 bilhões, e a receita líquida consolidada da JBS aumentou 2,8%, alcançando R$89,147 bilhões. A alavancagem da companhia em reais subiu de 3,13 vezes para 3,7 vezes.
JBS Brasil é destaque positivo no grupo, ocupando o 3º lugar como melhor receita líquida
Apesar dos desafios enfrentados devido à oferta restrita de gado nos EUA, a JBS Beef North America continua liderando a receita líquida do grupo, mantendo-se no mesmo patamar do primeiro trimestre do ano passado, totalizando R$27,643 bilhões.
Em seguida, estão a Pilgrim’s Pride, empresa controlada pela JBS e focada em aves e produtos processados, com R$ 21,586 bilhões (valor estável); a JBS Brasil, com R$14,234 bilhões (um aumento de 16,7%); a Seara, com R$10,318 bilhões (valor estável); a JBS USA Pork, com R$9,462 bilhões (valor estável); e a JBS Australia, com R$7,164 bilhões (uma queda de 1,1%).
No Brasil, esse crescimento da JBS é atribuído principalmente ao ciclo favorável pecuário, resultando em maior disponibilidade de animais para abate. A empresa explicou que, durante o período, manteve seu foco na execução comercial, ampliando e melhorando o nível de serviço junto aos parceiros do programa Friboi+, aproximando as marcas Friboi e Swift dos consumidores e melhorando a oferta de produtos de maior valor agregado.
No primeiro trimestre de 2024, a receita proveniente das exportações de carne bovina in natura no Brasil registrou um crescimento impressionante de 60% em comparação com o 1T23. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento no volume de vendas para o mercado externo.
A recuperação foi notável após um período desafiador para a JBS no 1T23, quando o setor enfrentou um embargo nas exportações para a China devido à confirmação de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (BSE). Esse embargo resultou em uma queda nos preços e volumes de exportação.
Além disso, o Ebitda da JBS no Brasil atingiu R$643 milhões, com uma margem Ebitda de 4,5% no 1T24, graças ao menor preço na compra de gado.