Herdeiro da Hermès tem alegações de fortuna desaparecida rejeitadas em tribunal suíço
Aos 81 anos, o herdeiro da fortuna da Hermès, Nicolas Puech, enfrenta uma reviravolta inesperada em sua batalha legal. Em uma recente decisão, um tribunal suíço rejeitou suas alegações de que seu antigo gestor de patrimônio, Eric Freymond, teria contribuído para o desaparecimento de sua imensa fortuna. Esta notícia traz novos desdobramentos sobre o estado […]

Aos 81 anos, o herdeiro da fortuna da Hermès, Nicolas Puech, enfrenta uma reviravolta inesperada em sua batalha legal. Em uma recente decisão, um tribunal suíço rejeitou suas alegações de que seu antigo gestor de patrimônio, Eric Freymond, teria contribuído para o desaparecimento de sua imensa fortuna. Esta notícia traz novos desdobramentos sobre o estado da fortuna de Puech e suas relações complexas com a famosa grife e seus investidores.
Puech, afirmou recentemente que não detém mais as ações da Hermès que possuía, avaliadas em cerca de € 12 bilhões (US$ 13 bilhões ou R$ 73,4 bilhões). Essas ações representavam uma parte substancial da riqueza da família Hermès, conhecida por sua icônica marca de bolsas Hermès Birkin e lenços de seda. O desaparecimento dessas ações tem levantado questões sobre a real situação financeira de Puech e o controle sobre os ativos da família.
O caso de Puech não pode ser separado do longo e controverso confronto entre a Hermès e Bernard Arnault, fundador do conglomerado LVMH. Arnault tentou adquirir uma parte significativa da Hermès há mais de uma década, mas falhou. Durante esse período, Puech se tornou uma figura controversa dentro da Hermès devido às suas supostas conexões com Arnault e a tentativa de acumular participação na empresa. A decisão do tribunal suíço é uma consequência direta dessa batalha empresarial.
A relação entre Nicolas Puech e Eric Freymond começou em 1998, quando Puech entregou a Freymond a responsabilidade pela administração de suas ações da Hermès. Ao longo dos anos, Freymond gerenciou essas ações, que foram compradas, vendidas e transferidas, gerando lucros significativos. O tribunal descobriu que Puech entregou voluntariamente a gestão de seus ativos e nunca manifestou preocupações ou reclamações substanciais sobre a administração realizada por Freymond.
Em outubro de 2022, Puech decidiu cancelar seus mandatos com Freymond e começou a revisar sua situação financeira e a organizar sua sucessão. Ele entrou com três processos contra Freymond, alegando retenção de informações e má gestão. No entanto, a decisão do tribunal indicou que Puech poderia ter revogado o acordo a qualquer momento e que sua confiança cega em Freymond não demonstrava necessariamente desonestidade por parte do gestor de patrimônio.
Embora a decisão judicial tenha abordado as alegações de Puech, não esclareceu completamente o paradeiro das ações. A questão continua a ser um ponto de discussão, especialmente em teleconferências recentes da Hermès, onde foi questionado se Puech ainda possuía essas ações. A Hermès afirmou que não possui controle direto sobre essas ações.
Além das disputas legais, Puech havia tentado recentemente cancelar um contrato de herança com sua Fundação Isócrates. Ele planejava legar parte de sua fortuna a seu jardineiro, o que deixou a instituição de caridade em um estado de incerteza e adiou futuras doações. Este movimento complicou ainda mais a situação e levantou questões sobre o futuro do legado de Puech e sua fortuna.