Heineken registra lucro bilionário no primeiro semestre; porém, abaixo das expectativas
No primeiro semestre de 2023, a cervejaria holandesa Heineken registrou um lucro líquido de 1,16 bilhão de euros. Esse valor foi ligeiramente inferior ao lucro obtido no mesmo período do ano anterior, que foi de 1,27 bilhão de euros, conforme divulgado em seu balanço nesta segunda-feira (31). Esse resultado ficou abaixo das expectativas de um analista consultado pela FactSet, que previa um lucro de 1,31 bilhão de euros.
Uma das principais métricas preferidas pela companhia, o lucro antes de itens excepcionais e amortização de ativos intangíveis relacionados à aquisição (BEIA, sigla em inglês), teve uma queda de 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 1,15 bilhão de euros.
Por outro lado, a receita da Heineken aumentou significativamente para 17,44 bilhões de euros no primeiro semestre de 2023, em comparação com 13,49 bilhões de euros no mesmo período de 2022. Esse valor superou as estimativas da FactSet, baseadas em quatro projeções, que previam uma receita de 14,91 bilhões de euros.
No pregão de hoje, as ações da Heineken tiveram uma queda de 4,5% na Bolsa de Amsterdã.
Heineken e investimentos no Brasil
A Heineke, está expandindo seus investimentos no Brasil. A companhia planeja realizar um novo aporte de R$ 1,5 bilhão na Região Nordeste, direcionado especialmente às cervejarias localizadas em Igarassu (PE) e Alagoinhas (BA). O objetivo desse investimento é impulsionar seu portfólio de cervejas premium e mainstream puro malte. Ao longo de um período de quatro anos, o grupo holandês já havia investido R$ 4,6 bilhões na operação brasileira.
Com o investimento na planta de Igarassu, a capacidade produtiva das marcas Amstel e Devassa será triplicada, além de um aumento de 45% nas operações de linhas de embalagens retornáveis. Já a cervejaria de Alagoinhas receberá recursos adicionais para aumentar a produção da marca Heineken em 60%. O Brasil tornou-se o maior consumidor mundial dessa marca, apesar de, há cinco anos atrás, estar classificado apenas como o 17º mercado.
Essa estratégia de investimento está alinhada com o objetivo da empresa de aumentar a participação das cervejas de maior valor agregado, como Heineken e Amstel, em suas vendas. No primeiro trimestre, a Heineken Brasil registrou um crescimento de aproximadamente 25% em receita e um aumento de volume de vendas entre 8% e 9%. O CEO da Heineken Brasil, Mauricio Giamellaro, afirmou que a fábrica em questão irá atender toda a Região Norte e Nordeste, otimizando a eficiência geográfica ao alocar parte do volume de outras cervejarias para essa região, a qual já possui uma demanda existente.
Fonte: Dow Jones Newswires.