A partir de 1º de julho, a gasolina e o etanol terão um aumento de preço devido à cobrança de PIS/Cofins. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), estima-se que a gasolina possa ter um acréscimo de até R$ 0,34 por litro, enquanto o etanol poderá aumentar em R$ 0,22 nos postos.

No ano passado, a cobrança de PIS/Cofins foi suspensa, mas o governo Lula anunciou a retomada parcial desses impostos nos combustíveis em março. A partir de 1º de julho, está previsto o retorno total da cobrança de PIS/Cofins para a gasolina e o etanol, o que resultará em um aumento imediato nos preços para o consumidor.

Atualmente, os postos têm a liberdade de definir os preços que cobram dos consumidores. Quando há aumento nos valores nas refinarias ou nos impostos, geralmente ocorre um repasse rápido desses aumentos para o consumidor final.

Apesar do aumento esperado, os preços ainda estão mais baixos do que em outros momentos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina em maio era de R$ 5,39, enquanto em abril era de R$ 5,51. Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina no país caiu 0,4%, chegando a R$ 5,40, de acordo com a ANP.

Se o litro da gasolina aumentar em R$ 0,34 nos postos, o preço chegaria a R$ 5,74, ainda 20% abaixo do valor registrado em 2022. Esse cálculo considera a manutenção do preço médio da semana passada. Em junho do ano passado, o litro da gasolina era vendido, em média, por R$ 7,23.

Segunda alteração no preço da gasolina realizada pela Petrobras

Os preços nas bombas ainda não refletem completamente a redução anunciada pela Petrobras. Desde o dia 16, a estatal reduziu em R$ 0,13 o preço nas refinarias. Essa é a segunda alteração realizada pela Petrobras desde a mudança em sua política de precificação de combustíveis, em maio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia indicado que a Petrobras poderia fazer novas reduções de preços para compensar a reoneração.

Além disso, em junho, os estados começaram a cobrar uma alíquota única de ICMS para a gasolina, no valor de R$ 1,22 por litro, o que já se refletiu nos preços dos postos. A unificação do imposto traz mais previsibilidade para os estados e consumidores, segundo Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Anteriormente, a cobrança variava de estado para estado, de acordo com percentuais diferentes.

Atualmente, os preços nas refinarias estão mais baixos do que os praticados no mercado internacional, devido à nova política de preços da Petrobras, que abandonou a paridade de importação nos valores dos combustíveis. Especialistas avaliam que as novas regras da Petrobras para reajustes ficaram menos claras.

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Equipe MI

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