Flamengo assume posse de terreno no Rio para construção de estádio próprio

O Flamengo assumiu a posse do terreno do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro, para a construção de um estádio próprio, após um leilão que resultou na compra do espaço por R$ 138 milhões.

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Última atualização:  03 de out, 2024 às 15:11
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O Flamengo, um dos clubes mais tradicionais e apaixonados do Brasil, assumiu oficialmente a posse do terreno do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro, para a construção de seu tão aguardado estádio particular. A entrega do espaço foi concluída pela Prefeitura do Rio nesta quinta-feira, 3 de outubro, marcando um passo significativo na história do clube e um momento de revitalização para a área. Com um valor de arremate de R$ 138,195 milhões, a nova arena promete não apenas fortalecer a identidade rubro-negra, mas também trazer benefícios econômicos e sociais para a cidade.

A cerimônia de entrega do terreno contou com a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou por videoconferência. Durante o evento, Lula afirmou que estava cumprindo uma promessa feita em 2003 e destacou a importância do acordo para a revitalização da cidade e para o Flamengo. “Esse projeto vem ao encontro de uma revitalização necessária da cidade em uma área degradada. A partir de hoje, o Flamengo tem a posse do terreno”, declarou Paes.

O Flamengo adquiriu o terreno que pertencia à Caixa Econômica Federal por meio de um leilão realizado em junho. A aquisição, no entanto, não foi isenta de controvérsias. A Caixa entrou na Justiça para anular o leilão, alegando que o valor pago pelo clube foi inferior à avaliação da área, que girava em torno de R$ 250 milhões. Contudo, uma negociação entre a prefeitura, o Flamengo e a Caixa permitiu a consolidação do acordo, onde parte do valor solicitado pela Caixa será paga pela prefeitura, embora detalhes sobre esse pagamento não tenham sido divulgados.

A construção do novo estádio é vista como um passo crucial não apenas para o Flamengo, mas também para a cidade do Rio de Janeiro. O presidente do clube, Rodolfo Landim, expressou sua gratidão ao prefeito pela compreensão da importância desse projeto para a nação rubro-negra e para a revitalização urbana da região. Ele afirmou que as obras devem começar em dois anos, após a demolição das construções existentes no terreno.

A nova arena do Flamengo, além de ser um símbolo de modernidade e inovação, representa uma oportunidade de gerar empregos, estimular o turismo e revitalizar uma área que tem enfrentado desafios de infraestrutura e desenvolvimento. A previsão é que o estádio atraia não apenas torcedores, mas também eventos culturais e esportivos, beneficiando a economia local.

Embora a posse do terreno tenha sido formalizada, o Flamengo ainda enfrenta desafios legais relacionados à avaliação do imóvel. A diferença de R$ 112 milhões entre o valor de mercado estipulado pela Caixa e o valor pago pelo Flamengo gerou discussões e questionamentos sobre a transparência do processo. A perspectiva de um novo estádio levanta preocupações sobre a viabilidade financeira do projeto e sua integração com a infraestrutura urbana existente.

No entanto, o Flamengo está comprometido em avançar com os planos e já está trabalhando em detalhes sobre a estrutura do novo estádio, que promete ser uma referência em termos de conforto e experiência para os torcedores. A construção é vista como uma forma de consolidar a identidade rubro-negra e criar um ambiente que represente a paixão dos seus fãs.