Estátua Três Graças existe? Entenda origem da peça de R$ 8 milhões mostrada na novela da Globo
A matéria explica se a estátua Três Graças existe e revela que a peça mostrada na novela da Globo é fictícia, embora inspirada em figuras reais da mitologia grega e em obras clássicas de artistas como Botticelli, Raphael e Antonio Canova.
Foto: Reprodução / TV Globo
A pergunta “Estátua Três Graças existe?” se tornou comum entre os espectadores desde que a obra passou a aparecer com destaque na novela das nove da Globo. A peça, avaliada em cerca de R$ 8 milhões dentro da trama, chama atenção não apenas pelo valor, mas também por seu papel central na narrativa envolvendo mistério, poder e corrupção. Embora a estátua mostrada na TV seja fictícia, sua inspiração vem diretamente da mitologia grega e de importantes obras renascentistas que marcaram a história da arte.
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A escultura exibida na novela não é uma peça real, e sim uma criação desenvolvida exclusivamente para a ficção. No folhetim, ela é atribuída ao escultor fictício Giovanni Aragna, supostamente um artista renascentista que teria produzido a obra em Florença, na Itália.
Apesar de inexistente enquanto objeto histórico, a peça foi desenvolvida com base em obras clássicas que representam as três deusas da mitologia grega conhecidas como Três Graças. Essa ligação direta com o imaginário artístico e mitológico fez com que muitos espectadores acreditassem que a escultura realmente existia e teria passado por museus da Europa.
Origem mitológica das Três Graças
Para entender por que a estátua desperta tanta curiosidade, é preciso olhar para sua inspiração. As Três Graças — Aglaia, Eufrosina e Tália — são personagens da mitologia grega associadas à beleza, à alegria, à juventude e à fertilidade. Filhas de Zeus e Eurínome, elas aparecem em diferentes histórias ao lado de Apolo, das Musas ou acompanhando Afrodite.
Essas figuras foram imortalizadas tanto na pintura quanto na escultura ao longo de séculos, e já influenciaram artistas como Sandro Botticelli, Raphael e Antonio Canova. Este último, inclusive, criou uma das versões mais conhecidas das Três Graças, frequentemente exibida em livros e exposições e que serviu como referência para a novela — algo que o próprio Aguinaldo Silva assumiu ao incluir uma imagem da escultura de Canova na sinopse entregue à Globo.
Obras clássicas que inspiraram a novela
Embora a pergunta “Estátua Três Graças existe?” tenha se tornado comum, a resposta está profundamente ligada ao legado artístico que serviu de base para a criação da peça na novela. As Três Graças foram representadas diversas vezes ao longo da história, especialmente durante o Renascimento e o período Neoclássico.
Entre as obras mais famosas estão:
- “Primavera”, de Botticelli, onde as três jovens aparecem dançando;
- “As Três Graças”, pintura de Raphael;
- A escultura de Antonio Canova, considerada a representação definitiva do trio mitológico.
A equipe artística da novela utilizou essas referências para criar uma obra que tivesse aparência monumental, acabamento realista em mármore e proporções compatíveis com esculturas do século XV e XVI. Essa combinação permitiu que a obra parecesse verossímil, embora fosse completamente fictícia.
Como a peça é apresentada na trama
Dentro da novela, a estátua tem uma trajetória própria, construída para justificar seu valor e sua aura de raridade. Segundo a história narrada no folhetim:
- a escultura teria sido criada em Florença,
- mede 1,88 metro de altura e 1 metro de largura,
- é feita de mármore de Carrara,
- e teria sido exposta pela última vez na Galleria dell’Arte Sublime, em Roma,
- antes de desaparecer no início dos anos 1940.
O papel da estátua na história da novela
O objeto se torna ainda mais relevante quando entra no enredo criminal que movimenta a trama. Avaliada em US$ 1,5 milhão — aproximadamente R$ 8 milhões —, a estátua é comprada por Rogério (Eduardo Moscovis), marido de Arminda (Grazi Massafera). Após a morte dele, considerada suspeita, a vilã passa a esconder o objeto em um quarto trancado e utiliza sua cavidade interna para guardar dinheiro desviado de remédios pela Fundação Ferette.
A partir daí, a peça se torna alvo de disputa, investigação e cobiça, especialmente por Gerluce (Sophie Charlotte), que chega a estudar a origem e o histórico da obra para tentar roubá-la. A estátua funciona como um símbolo de riqueza, segredo e decadência moral — elementos centrais do enredo.
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