O renomado economista Affonso Celso Pastore faleceu nesta quarta-feira (21) na cidade de São Paulo, aos 84 anos de idade. Pastore estava internado desde sábado (17) para uma cirurgia e, após um período na UTI, não resistiu.

Graduado pela Universidade de São Paulo (USP), Pastore iniciou sua carreira pública em 1966 como assessor de Antônio Delfim Neto, então secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. Com a nomeação de Delfim como ministro da Fazenda em 1967, Pastore juntou-se à equipe ministerial.

Entre 1983 e 1985, Pastore ocupou a presidência do Banco Central durante o governo do ex-presidente João Figueiredo, desempenhando um papel significativo nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa brasileira.

Após sua passagem pelo serviço público, em 1993 fundou a consultoria A.C Pastore & Associados, especializada em análises econômicas do Brasil e do cenário internacional, onde trabalhava em conjunto com sua esposa, Maria Cristina Pinotti.

Em 2021, Pastore retornou à esfera política para assessorar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, então pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos. No entanto, Moro desistiu da candidatura em março do ano seguinte.

Além de sua carreira acadêmica e política, Pastore também deixou um legado literário, incluindo o livro “Erros do Passado, Soluções para o Futuro”, que analisa a política econômica brasileira desde os anos 1960.

Em 2020, foi homenageado com um livro contendo nove artigos e uma entrevista exclusiva, onde compartilhou seu percurso intelectual e legado. A morte de Affonso Celso Pastore representa uma perda significativa para a comunidade econômica do Brasil.