C6 Bank lucra mais de R$ 1 bilhão no 1º semestre com ROE de 43%
O C6 Bank registrou lucro líquido de R$ 1,049 bilhão no primeiro semestre de 2025, com ROE de 43%, impulsionado pelo crescimento de sua carteira de crédito, especialmente no segmento de crédito consignado.
Foto: Shutterstock
O C6 Bank lucra mais de R$ 1 bilhão no 1º semestre, confirmando seu crescimento sólido mesmo em um cenário econômico desafiador. O banco, que tem como sócio o gigante norte-americano JPMorgan Chase, registrou um lucro líquido de R$ 1,049 bilhão entre janeiro e junho de 2025, um aumento de mais de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado reforça a expectativa de que 2025 será um ano de recorde histórico para o C6.
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Carteira de crédito impulsiona resultados do C6 Bank
O desempenho do C6 Bank no primeiro semestre de 2025 foi fortemente sustentado pelo crescimento de sua carteira de crédito, que atingiu R$ 72,4 bilhões, representando um aumento de 49% em relação ao mesmo período de 2024 e de 20,7% em relação a dezembro do ano passado. Esse avanço foi acompanhado por um aumento no percentual de empréstimos com garantia, que chegou a 79,8%, frente a 75,8% em junho de 2024.
Segundo o CFO do banco, Philippe Katz, “o C6 vem trabalhando esse crescimento com esse perfil de risco ao longo dos últimos anos, sendo algo estrutural para o banco”. A instituição projeta encerrar o ano com uma carteira total de R$ 80 bilhões, consolidando sua presença no setor de crédito.
Consignado e expansão cautelosa do privado
Do total da carteira, 46% das operações são de crédito consignado, segmento que o C6 considera estratégico. O banco iniciou recentemente a atuação no consignado privado, de forma cautelosa, mas planeja acelerar a expansão ao longo do segundo semestre.
Katz destaca que a tendência é que o banco cresça nesse segmento, aproveitando a experiência consolidada em crédito consignado e mantendo o equilíbrio entre crescimento e risco.
Inadimplência e perfil de risco controlado
No primeiro semestre, a taxa de inadimplência para clientes com mais de 90 dias de atraso ficou em 3,2%, comparada a 3,1% no mesmo período do ano passado e 2,6% em dezembro de 2024. O aumento está relacionado à implementação da Resolução 4.966, que alterou regras sobre provisões de perdas esperadas para os bancos.
Sem considerar o impacto da nova regulamentação, a inadimplência seria de apenas 2,1%, mantendo a tendência dos últimos semestres. O C6 Bank reforçou que está confortável com o patamar de 3%, mesmo com as mudanças regulatórias, garantindo um perfil de risco sólido e previsível.
Custos de crédito e provisões
A despesa com provisão para devedores duvidosos somou R$ 996 milhões, menor que os R$ 1,051 bilhão registrados no mesmo período de 2024, e superior aos R$ 863 milhões de dezembro passado. O custo de crédito sobre a carteira permaneceu em 0,3%, estável em relação ao final do ano anterior.
O head de investimentos e private banking do C6, Igor Rongel, destaca que o foco em clientes de alta renda ajuda a proteger o banco de variações bruscas na economia, proporcionando maior estabilidade nos resultados.
Diversificação de negócios e resiliência
Além do consignado, o C6 Bank diversifica suas operações em veículos, empresas e pessoa física, fortalecendo sua capacidade de crescimento mesmo em cenários adversos. Essa diversificação estratégica permite que o banco se mantenha resiliente frente à desaceleração da economia brasileira, mantendo o foco em crescimento sustentável.
Katz afirma: “O banco está pronto para eventuais turbulências e continuará a crescer. O ano de 2025 será de lucro recorde no balanço do C6”.
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