Brasil mantém busca por petróleo e destaca compatibilidade com transição energética, afirma ministro
Em pronunciamento durante o 54º Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou o compromisso do Brasil em explorar novas reservas de petróleo, destacando que essa estratégia não contradiz a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em priorizar a transição energética. O ministro, […]

Em pronunciamento durante o 54º Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou o compromisso do Brasil em explorar novas reservas de petróleo, destacando que essa estratégia não contradiz a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em priorizar a transição energética.
O ministro, que integra a delegação brasileira no evento, argumentou que o país não pode abrir mão de suas riquezas naturais, enfatizando a importância de utilizar esses recursos para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico. Silveira ressaltou que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo e salientou que os recursos provenientes da indústria petrolífera financiam avanços nas fontes renováveis.
Em entrevista à GloboNews, Silveira declarou: “O Brasil tem a melhor matriz de energia elétrica do planeta e uma das melhores matrizes energéticas do mundo, mas ainda temos o petróleo como uma grande riqueza nacional, inclusive financiador de saúde, educação e da própria transição energética”.
O ministro alertou para a projeção de decréscimo nas reservas petrolíferas a partir de 2028, prevendo a possibilidade de o Brasil tornar-se importador de petróleo a partir de 2032. “Não podemos permitir a possibilidade de passarmos a sermos importadores de óleo cru”, afirmou Silveira.
Ao abordar a questão da transição energética, Silveira criticou os países mais desenvolvidos, acusando-os de fazer promessas não efetivadas e tornando o horizonte da transição da matriz energética distante e incerto. Ele mencionou a França como exemplo, ressaltando que o país critica a exploração de petróleo em territórios soberanos, enquanto se beneficia financeiramente das atividades de busca e produção de óleo.
Além de Silveira, as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade (Saúde) representam o governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial. O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) optaram por não comparecer ao evento.