A Caixa Econômica Federal realiza nesta quarta-feira (20) o pagamento da parcela de agosto do Bolsa Família para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 3. O programa, que é um dos principais instrumentos de transferência de renda do governo federal, atenderá este mês 19,19 milhões de famílias, com gasto estimado em R$ 12,86 bilhões. O valor mínimo do benefício é R$ 600, mas com os adicionais, a média do pagamento chega a R$ 671,54, garantindo apoio financeiro mais consistente às famílias em situação de vulnerabilidade.

O pagamento do Bolsa Família ocorre tradicionalmente nos últimos dez dias úteis de cada mês, e os beneficiários podem acompanhar os valores e a composição das parcelas por meio do aplicativo Caixa Tem, que também permite movimentar a poupança social digital.

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Adicionais que aumentam o valor do Bolsa Família

Além do valor mínimo, o Bolsa Família oferece adicionais que impactam diretamente a renda das famílias. Entre eles estão:

  • Benefício Variável Familiar Nutriz: seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, garantindo alimentação adequada às crianças;
  • Acréscimos para gestantes e nutrizes: R$ 50 mensais;
  • Benefício por filhos: R$ 50 para cada filho de 7 a 18 anos e R$ 150 para cada criança de até 6 anos.

Esses adicionais refletem o compromisso do programa com a saúde, alimentação e educação infantil, fortalecendo a segurança financeira de famílias em situação de vulnerabilidade social.

Pagamento antecipado em municípios específicos

Em algumas cidades, o pagamento do Bolsa Família foi antecipado e ocorreu na sexta-feira (15), independentemente do NIS. Ao todo, 521 cidades receberam o benefício antes do calendário regular, incluindo 497 municípios do Rio Grande do Sul e localidades de Amazonas (3), Paraná (4), Roraima (6) e Sergipe (11).

A antecipação foi necessária devido a desastres naturais, estiagens ou vulnerabilidade de povos indígenas, garantindo que as famílias afetadas tivessem acesso rápido ao recurso. A lista completa está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Regra de proteção para famílias em transição

Cerca de 2,63 milhões de famílias estão incluídas na chamada regra de proteção, que permite receber 50% do benefício quando os membros conseguem emprego e aumentam a renda, desde que cada integrante receba até meio salário mínimo. O valor médio dessas famílias é de R$ 365,81.

Em junho, o tempo de permanência nessa fase foi reduzido de dois para um ano para novas famílias que entraram na transição. As famílias que já estavam no programa continuam recebendo metade do benefício por dois anos. Essa medida busca incentivar a inserção no mercado de trabalho sem prejudicar a segurança financeira de famílias em situação de vulnerabilidade.

Mudanças no Seguro Defeso

Desde a implementação da Lei 14.601/2023, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais desconto do Seguro Defeso, pago a pescadores artesanais durante o período da piracema, quando não é possível pescar. A mudança fortalece a autonomia financeira das famílias sem reduzir o valor do benefício recebido.

Auxílio Gás também é pago nesta quarta

Além do Bolsa Família, o Auxílio Gás será liberado para famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) com NIS final 3. O valor permanece em R$ 108 e atende 5,13 milhões de famílias.

O programa tem validade até o fim de 2026 e cobre 100% do preço médio do botijão de 13 kg, conforme estabelecido pela Emenda Constitucional da Transição. Para receber o benefício, é necessário que pelo menos um membro da família seja beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei prioriza mulheres responsáveis pela família, assim como vítimas de violência doméstica, reforçando a proteção social às populações mais vulneráveis.

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