Bolsa Família de agosto: Caixa impõe 2 condições para manter o benefício
A partir da folha de pagamento de julho de 2025, o Bolsa Família de agosto passa a ter novas regras para a continuidade do benefício.

A partir da folha de pagamento de julho de 2025, o Bolsa Família de agosto passou a seguir novas regras definidas pelo governo federal, que estabelecem duas condições essenciais para que as famílias continuem recebendo o benefício. As mudanças visam garantir uma transição mais segura para os beneficiários que tiveram aumento de renda, mas que ainda enfrentam instabilidade financeira.
As duas condições para continuar recebendo o Bolsa Família de agosto
Para manter o pagamento do Bolsa Família de agosto e dos meses seguintes, a Caixa Econômica Federal estabeleceu duas condições principais ligadas à renda das famílias:
1. Renda dentro do limite atualizado
As famílias inscritas podem permanecer na chamada Regra de Proteção desde que a renda per capita esteja entre R$ 218 e R$ 706. Caso ultrapassem esse teto, o benefício será cancelado automaticamente. Esse ajuste acompanha a inflação e a evolução econômica do país, buscando preservar os recursos para os que mais precisam.
2. Tempo máximo na Regra de Proteção
Além da faixa de renda, o tempo que a família pode permanecer no programa com renda acima do limite mínimo varia conforme a estabilidade da renda:
- Famílias com renda estável — proveniente de aposentadorias, pensões ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos — podem continuar recebendo o benefício por até 2 meses nessa condição.
- Já famílias cuja renda é variável, como as que têm trabalho formal ou recebem BPC para pessoas com deficiência, podem permanecer no programa por até 12 meses.
Durante esse período de transição, o valor do benefício é reduzido pela metade. Caso a renda ultrapasse o limite ou o prazo expire, o Bolsa Família é encerrado para essa família.
Retorno garantido para famílias que perderam o benefício
O programa Bolsa Família de agosto também traz uma novidade importante: o mecanismo chamado “Retorno Garantido”. Ele permite que famílias que perderam o benefício por superarem a linha da pobreza possam retornar ao programa com prioridade se, em até 36 meses, sua renda per capita voltar a ser inferior a R$ 218. Para isso, é fundamental que o Cadastro Único esteja atualizado e que o reingresso seja solicitado ao gestor local.
Impactos das mudanças e contexto econômico
O governo federal explica que essas alterações refletem a melhora na economia e a formalização do emprego no país. Dados mostram que, em 2024, quase 99% das vagas formais criadas foram ocupadas por pessoas cadastradas no CadÚnico, sendo que 75% dessas pessoas eram beneficiárias do Bolsa Família. Isso demonstra a importância do programa não apenas como um auxílio emergencial, mas como um instrumento de transição para o mercado de trabalho formal.
Quem perdeu o benefício em julho de 2025?
Segundo informações oficiais, aproximadamente 1 milhão de famílias deixaram de receber o Bolsa Família em julho. Os principais motivos foram:
- 536 mil famílias que completaram os 24 meses permitidos pela antiga regra de proteção;
- 385 mil famílias que ultrapassaram o limite de renda de R$ 759 por pessoa.
Essa movimentação faz parte do processo de atualização e adequação do programa às novas regras e ao cenário econômico atual.
Como solicitar o retorno ao Bolsa Família
Para famílias que desejam retornar ao programa, é necessário seguir alguns passos essenciais:
- Atualizar o Cadastro Único no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em outro posto de atendimento autorizado;
- Informar a nova composição familiar e a renda atualizada;
- Solicitar formalmente o reingresso ao gestor local do Bolsa Família.
Após essa solicitação, o governo federal realiza uma análise detalhada com o cruzamento de dados da Dataprev para validar o direito ao benefício.
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