Americanas (AMER3), em processo de recuperação judicial, divulgou hoje que registrou um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, marcando uma redução de 23,5% em relação ao mesmo período de 2022, quando o prejuízo foi de R$ 6,02 bilhões.

No terceiro trimestre, a varejista teve um prejuízo de R$ 1,621 bilhão, uma diminuição de 17,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este valor foi ajustado dos R$ 212 milhões inicialmente anunciados.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 1,55 bilhão nos primeiros nove meses de 2023, representando um aumento de 21,3% em relação ao mesmo período de 2022.

A receita líquida totalizou R$ 10,2 bilhões nos nove meses de 2023, uma queda de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto no terceiro trimestre foi de R$ 3,261 bilhões, uma queda de 39,2% em relação ao mesmo período de 2022.

O volume bruto de mercadorias (GMV) totalizou R$ 16,0 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, uma redução de 51,1% em relação ao mesmo período de 2022. O GMV da plataforma física foi de R$ 9,3 bilhões, uma queda de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O lucro bruto no período foi de R$ 2,9 bilhões, uma queda de 8,2% em relação ao mesmo período de 2022, com uma margem bruta de 27,7%, representando um aumento significativo de 11,1 pontos percentuais. A Americanas atribui essa evolução principalmente à migração de categorias de baixa rentabilidade do 1P para o 3P, juntamente com uma maior racionalidade de precificação e investimento em marketing na plataforma digital.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,186 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, uma redução de 45,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 4,1 bilhões no período, uma redução de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O endividamento líquido da Americanas atingiu R$ 33,443 bilhões no encerramento do terceiro trimestre de 2023, um aumento de 10,6% em relação a setembro de 2022. A dívida bruta foi de R$ 38 bilhões. A empresa destaca que o endividamento, embora ainda alto, tende a diminuir significativamente com a execução do Plano de Recuperação Judicial.

O caixa da empresa encerrou setembro em R$ 4,929 bilhões, uma queda de 49,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O comando da Americanas afirmou que a empresa superou a fase mais crítica e está otimista em relação ao futuro.