A gigante de energia, Light (LIGT3), está prestes a alcançar um marco significativo em sua jornada de recuperação judicial. Após intensas negociações, a empresa está próxima de fechar um acordo crucial com seus debenturistas e bancos credores. Sinalizando assim, um caminho para a estabilidade financeira e operacional.

A Light, empresa de energia em recuperação judicial desde maio de 2023, está à beira de um acordo histórico com seus principais credores. Os debenturistas, detentores da maior parte da dívida da companhia, estão prontos para assinar os termos do plano de reestruturação proposto, juntando-se aos bancos credores que já firmaram acordo anteriormente. A concordância de ambos os grupos assegura que o plano da Light tenha uma ampla maioria na aprovação. A assembleia geral de credores, agendada para o dia 25 de abril, irá submetê-lo.

Uma luz no fim do túnel? O acordo com a Light

O acordo em questão inclui a injeção de capital na companhia. Com R$ 1 bilhão proveniente dos acionistas de referência, Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Carlos Alberto Sicupira. Além de outros R$ 500 milhões do grupo econômico. Além disso, os credores e a empresa definiram prazos, juros e termos para a conversão de dívidas.

A crise financeira da Light, agravada pelo roubo de energia e alto endividamento, culminou na necessidade de recuperação judicial. Para evitar assim consequências mais graves, como a não renovação da concessão. Após meses de negociações e tentativas de acordo extrajudiciais sem sucesso, a empresa optou pela recuperação judicial em julho de 2023, um movimento controverso devido à legislação que veta concessionárias de serviços públicos de energia elétrica de entrar em RJ.

Os empresários Nelson Tanure e Ronaldo Cézar Coelho, principais acionistas da companhia, lideram os esforços para garantir a estabilidade financeira da Light. Com a iminência do acordo com os debenturistas, a Light está mais próxima de reestruturar suas finanças e retomar sua posição no mercado.