Nesta quarta-feira (24), Wall Street apresentou forte queda, com o Nasdaq liderando as perdas depois que resultados trimestrais decepcionantes de algumas companhias. Entre elas, a Tesla (TSLA34).

As ações da fabricante de veículos elétricos caíram 12,33% (US$ 215,99) após o anúncio de resultados abaixo das expectativas no segundo trimestre de 2024 (2T24), registrando sua menor margem de lucro em mais de cinco anos.

Vale lembrar que o segundo trimestre foi movimentado para a Tesla, com o CEO Elon Musk adiando o desenvolvimento de um carro totalmente novo e mais barato em favor de modelos menos ambiciosos e de baixo custo. Além disso, Musk ainda seguiu trabalhando na criação de táxis autônomos, o que ajudou a impulsionar as ações.

E não foi só isso. A Tesla também demitiu mais de 10% de seus funcionários para cortar custos durante o segundo trimestre. Em seu posicionamento, a empresa disse ainda que o lucro foi pressionado por um aumento nas despesas operacionais, impulsionado em grande parte por projetos de IA e encargos de reestruturação.

Dan Coatsworth, analista de investimentos da AJ Bell, afirmou que este é o quarto trimestre seguido que a comoanhia não consegue alcançar as metas de lucro. “A Tesla precisa encontrar uma maneira melhor de prosperar em um ambiente mais difícil para veículos elétricos agora, em vez de mais tarde”, disse. 

Resultados da Tesla no segundo trimestre

A Tesla divulgou, na última terça-feira (23), seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), onde reportou uma queda de 45% em seu lucro líquido, totalizando US$ 1,48 bilhão, ou US$ 0,52 centavos por ação. A porcentagem é comparativa ao mesmo período do ano passado, quando registrou US$ 2,7 bilhões, ou US$ 0,78 centavos por ação. Abaixo das projeções, os resultados refletem uma diminuição contínua nas vendas automotivas. 

Segundo estimativas de consenso da LSEG, o lucro ajustado por ação da Tesla foi de US$ 0,52 centavos, em comparação com os US$ 0,62 centavos esperados. Já a receita da empresa, em contrapartida, superou as expectativas, alcançando US$ 25,50 bilhões, enquanto a previsão era de US$ 24,77 bilhões.

Mesmo com o aumento de 2% na receita, atingindo US$ 25,50 bilhões em comparação com os US$ 24,93 bilhões do ano anterior, as vendas automotivas da Tesla marcaram uma queda de 7%, totalizando US$ 19,9 bilhões, abaixo dos US$ 21,27 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

As vendas incluíram US$ 890 milhões em créditos regulatórios, mais que o triplo do valor alcançado no ano anterior. A Tesla enfatizou que “reconheceu receitas recordes de crédito regulatório no segundo trimestre”, sublinhando que outras montadoras ainda estão atrasadas no cumprimento dos requisitos de emissões.

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