Número de investidores em produtos ligados ao agronegócio quase dobra em 2022, diz B3
Segundo informações divulgadas pela B3 nesta quarta-feira (15), os produtos relacionados ao agronegócio registraram um aumento tanto no número de investidores quanto no volume aplicado em 2022. Os investimentos em LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) registraram um aumento de 95% […]

Segundo informações divulgadas pela B3 nesta quarta-feira (15), os produtos relacionados ao agronegócio registraram um aumento tanto no número de investidores quanto no volume aplicado em 2022.
Os investimentos em LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) registraram um aumento de 95% no número de investidores e de 79% no volume aplicado, alcançando a marca de 1,6 milhão de investidores e R$ 411 bilhões em recursos.
Conforme divulgado pela B3, o montante sob custódia atualmente equivale a 19,5% do total de investimentos realizados em renda fixa (R$ 1,6 trilhão) e renda variável (R$ 459 bilhões) combinados. Em comparação, a participação era de 14% no final de 2021. Além disso, o aumento médio por investidor no setor foi de R$ 51,7 mil.
Considerando os 33 fundos negociados, os Fiagros, que foram introduzidos na B3 em agosto de 2021 para ampliar a oferta de produtos ligados ao agronegócio, registraram um estoque superior a R$ 5,2 bilhões em dezembro.
Ainda de acordo com a B3, na prática, os Fiagros apresentam um funcionamento muito similar aos dos fundos imobiliários, com a diferença de que seu foco está voltado para o desenvolvimento da atividade agrícola no Brasil. As cotas desses fundos são negociadas a partir de aproximadamente R$ 100.
Além do agronegócio, setor imobiliário também cresce
No ramo imobiliário, que já atraiu mais de 3,2 milhões de investidores, o montante investido atingiu R$ 380 bilhões, o que representa um aumento de 46% em relação ao final de 2021. Os fundos imobiliários correspondem a 51% desse total.
Os números somam também ETFs (Exchange Traded Funds) de FII, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliário).
“Essa visão setorial é importante para mostrar que investimentos privados, de pequenos investidores, estão ajudando de forma significativa a impulsionar segmentos importantes da nossa economia, enquanto geram rendimentos para quem aplica”, afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3.
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