Neoenergia (NEOE3) tem alta de 10% no lucro no 3T25
O Ebitda subiu 14%, para R$ 3,38 bilhões, impulsionado pelos reajustes tarifários e maior eficiência operacional.
Foto: Divulgação
A Neoenergia (NEOE3) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 924 milhões, resultado que representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024, quando o ganho havia sido de R$ 841 milhões. O desempenho foi divulgado pela companhia nesta segunda-feira (28) e reflete o efeito positivo de reajustes tarifários concedidos às suas distribuidoras e a melhoria na eficiência operacional.
O avanço nas receitas e o controle de custos ajudaram a consolidar o resultado positivo da Neoenergia, uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, que atua em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia em diversos estados.
De acordo com o balanço, os ajustes tarifários da “parcela B”, componente que remunera custos de distribuição e investimentos, tiveram impacto relevante no trimestre. A estratégia da empresa tem sido reforçar os aportes na modernização da rede elétrica, visando aumentar a confiabilidade e reduzir perdas.
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Receita e Ebitda mostram crescimento consistente
A receita operacional líquida da Neoenergia (NEOE3) atingiu R$ 12,9 bilhões no trimestre encerrado em setembro, alta de 10% frente ao mesmo período do ano anterior. O crescimento reflete não apenas o efeito dos reajustes tarifários, mas também o aumento do consumo de energia elétrica em suas áreas de concessão.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou crescimento de 14%, totalizando R$ 3,388 bilhões. O indicador mostra o desempenho operacional da companhia antes do impacto financeiro e contábil e evidencia o ganho de eficiência na gestão.
Segundo a Neoenergia, o trimestre também foi marcado por maior disciplina financeira e foco em projetos de expansão e digitalização. A empresa destacou que tem buscado melhorar a experiência dos clientes com investimentos em automação, redes inteligentes e integração de sistemas de atendimento.
Endividamento sob controle e foco em sustentabilidade financeira
A dívida líquida da Neoenergia chegou a R$ 47,176 bilhões em setembro, um aumento de 9% em relação a dezembro de 2024. A elevação está relacionada, segundo a companhia, à execução de projetos estruturantes e à antecipação de investimentos estratégicos.
Apesar da expansão da dívida, a alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ficou em 3,52 vezes, ligeiramente acima das 3,45 vezes registradas no fim de 2024, mas ainda dentro dos limites considerados saudáveis para o setor.
A empresa destacou que mantém solidez de caixa e acesso a linhas de crédito competitivas, o que lhe garante conforto financeiro para sustentar o ritmo de investimentos.
Neoenergia (NEOE3) intensifica investimentos em distribuição
No acumulado de 2025 até setembro, a Neoenergia (NEOE3) investiu R$ 7,6 bilhões, um montante que reforça seu compromisso com a expansão e modernização da infraestrutura elétrica.
Do total aplicado, R$ 4,8 bilhões foram destinados à área de distribuição, valor 31% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Esses investimentos incluem a ampliação da rede, instalação de novos transformadores, automação de sistemas e projetos de transição energética, como a integração de fontes renováveis.
A companhia ressaltou que a prioridade em distribuição visa garantir melhor qualidade do fornecimento de energia e atender à crescente demanda de consumidores residenciais e industriais. Além disso, os aportes fazem parte do plano estratégico de longo prazo, que busca reduzir perdas técnicas e comerciais e aumentar a eficiência operacional.
A Neoenergia, que faz parte do grupo espanhol Iberdrola, segue investindo também em projetos de geração renovável, como parques eólicos e solares, alinhados às metas de sustentabilidade da matriz global.
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