Bruno Henrique é condenado no STJD; atacante do Flamengo ainda pode recorrer
Clube e defesa acompanham de perto o caso, que pode resultar em suspensão e multa.

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, enfrentou nesta quinta-feira (4) a 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), acusado de envolvimento em manipulação de resultados para beneficiar apostadores.
Por 4 votos a 1, BH foi condenado no artigo 243-A do CBJD (Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente) e fica suspenso por 12 jogos, além da multa de R$ 60 mil.
Como foi o julgamento de Bruno Henrique
Durante a sessão, realizada no Rio de Janeiro, Bruno Henrique fez um breve pronunciamento em sua defesa:
“Gostaria de reafirmar minha inocência e dizer que confio na Justiça Desportiva. Jamais cometi as infrações que estou sendo acusado. Meus advogados estão aí e vão falar por mim durante a defesa do processo. Desejo que tudo transcorra de forma justa”, declarou o atacante.
O atleta optou por não prestar depoimento e não respondeu a perguntas da Procuradoria. O julgamento teve início com a leitura da denúncia e de relatórios de investigação que apontam troca de mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão, Wander, também investigado.
Argumentos de defesa do Flamengo e dos advogados
A defesa de Bruno Henrique tentou argumentar pela prescrição do processo, alegando que já havia passado o prazo de 60 dias desde a denúncia inicial. No entanto, a Comissão Disciplinar rejeitou o pedido.
O Flamengo marcou presença na audiência e reiterou apoio ao atleta. “O clube repudia qualquer ato de manipulação de resultados, mas acredita na inocência do jogador. Estamos aqui para que, no final do processo, seja feita justiça”, afirmou Michel Assef Filho, advogado do atacante.
Caso também é investigado na esfera criminal
Além da esfera desportiva, Bruno Henrique responde a processo na Justiça Comum. Ele é acusado de ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, em 1º de novembro de 2023, no Mané Garrincha, em Brasília. O episódio teria beneficiado apostadores, entre eles seu irmão, Wander.
As investigações tiveram início após casas de apostas detectarem movimentações atípicas em torno do lance. Em abril deste ano, a Polícia Federal indiciou o atacante por estelionato e fraude em competição esportiva. Caso condenado na Justiça Comum, a pena pode chegar a 17 anos e oito meses de prisão.
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