É oficial: volta do horário de verão em 2024 é descartada pelo governo

A decisão foi tomada após uma reunião para avaliar a viabilidade da medida, com base nos dados complementares fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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Última atualização:  16 de out, 2024 às 23:33
É oficial: volta do horário de verão em 2024 é descartada pelo governo É oficial: volta do horário de verão em 2024 é descartada pelo governo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (16) que o governo Lula não deve retomar o horário de verão ainda em 2024.

A decisão foi tomada após uma reunião para avaliar a viabilidade da medida, com base nos dados complementares fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

“Ontem, tivemos a última reunião com o ONS e chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para 2024”, declarou o ministro em uma publicação no X (antigo Twitter).

Silveira destacou que o país tem segurança energética garantida e que o governo poderá reavaliar o retorno da medida para 2025.

“É importante frisar que sempre destaquei que não teríamos risco energético nesse período. Mas vivemos a maior seca da nossa história, e graças a diversas medidas de planejamento do MME, conseguimos chegar aos nossos reservatórios com índices de resiliência, nos dando tranquilidade”, explicou o ministro.

Apesar da decisão, Silveira reconheceu a importância da política. “O horário de verão é adotado por diversos países do mundo e é necessário para dar suporte em sobrecargas na ponta e compensar a perda de energias intermitentes ao fim do dia”, acrescentou.

Horário de verão resultaria em economia de R$ 400 milhões

Em setembro, o ONS divulgou uma nota técnica destacando que a reintrodução do horário de verão poderia aumentar a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), principalmente no atendimento ao horário de pico, entre 18h e 20h, período em que a rede enfrenta maior pressão.

Com o retorno da medida, seria possível adiar em até duas horas o pico de consumo noturno, momento em que a energia solar não está mais disponível. O estudo do ONS prevê uma redução de até 2,9% na demanda máxima e uma economia operacional próxima a R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.

Durante a reunião da Câmara de Monitoramento do Sistema Elétrico, realizada na última quarta-feira (09), o ONS alertou para um possível agravamento das condições de fornecimento nos próximos meses. 

De acordo com as projeções, o volume de água que abastecerá as hidrelétricas entre outubro deste ano e março de 2025 ficará abaixo da média histórica. No pior cenário, o nível de energia armazenada nos reservatórios, ao final do período de chuvas, pode ser 23,4% menor que o de março deste ano.

Devido à estiagem, as tarifas de energia estão sob bandeira vermelha 2, o nível mais alto de sobrepreço. A medida gerou insatisfação no governo Lula, levando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a sugerir que a Aneel utilize o saldo acumulado nas contas de bandeiras tarifárias, atualmente em cerca de R$ 5,2 bilhões, para evitar novos reajustes nas tarifas de eletricidade.

Embora agentes do setor descartem riscos de escassez de energia, como ocorreu em 2021, o preço da eletricidade permanece elevado por causa da seca.

O ONS também indicou que, se o horário de verão for mantido até 2028, a economia acumulada pode chegar a R$ 1,8 bilhão por ano, evitando o acionamento frequente das usinas termelétricas.

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