A Matera, empresa brasileira de software que fornece infraestrutura bancária digital aos clientes, anunciou na última quarta-feira (17) o recebimento de um aporte de cerca de R$ 500 milhões da companhia de investimento norte-americana Warburg Pincus. 

O objetivo do levantamento de capital é acelerar a expansão da empresa tanto no Brasil quanto no mercado norte-americano, aprimorando seus produtos para instituições financeiras.

O presidente do conselho da Matera, Carlos André, que também é um dos sócios-fundadores, afirmou que o investimento impulsionará o crescimento em áreas-chave para a companhia, incluindo aquisições de soluções complementares.

De acordo com a Matera, Segundo a Matera, o intuito é manter a mesma velocidade de expansão orgânica conquistada em 2023, quando a receita da empresa cresceu 30% em base anual.

Vale ressaltar que a participação negociada pela Matera não foi divulgada. No entanto, o dinheiro do investimento virá do fundo WPGG 14, o maior e mais recente fundo da Warburg Pincus, que possui US$ 17,3 bilhões sob gestão. 

Sobre a Matera

Com uma cartela de quase 300 clientes, entre eles o C6 Bank, Digio, Cielo, XP e Pefisa, a Matera fornece soluções de core banking.

É importante explicar que esse é o segundo investimento que a Matera recebe de um private equity em seus quase 40 anos existência. Há quatro anos, o fundo Kinea investiu R$ 100 milhões na companhia.

Durante os anos seguintes, a empresa quadruplicou de tamanho. Somente no ano passado, a empresa faturou R$ 383 milhões. Para 2024, a empresa espera crescer 30% organicamente e mais 10% através de M&As. 

Com o aporte da Warburg Pincus, a Materia deve acelerar o crescimento inorgânico, o que irá permitir que a companhia foque em alvos maiores. Nos últimos dois anos, a Matera investiu cerca de R$ 80 milhões em quatro empresas: InfoTreasury, Cinnecta, Onidata e MVAr. 

O presidente da Matera, Ricardo Chisman, disse que a Matera agora busca ativos nas áreas de pagamentos instantâneos e também em produtos financeiros voltados para PJs.

“Tudo está no radar. Com a robustez do aporte, o céu é o limite, pois ganhamos uma condição de ter maior envergadura e poder de negociação,” afirmou Chisman.