Alexandre Silveira negou encontros informais com executivos da Âmbar Energia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, refutou veementemente as alegações de que teria realizado encontros “fora” de sua agenda oficial com representantes da Âmbar Energia. Essa posição surge em resposta a um artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, que sugeria que executivos da empresa foram recebidos em sua pasta repetidas […]

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, refutou veementemente as alegações de que teria realizado encontros “fora” de sua agenda oficial com representantes da Âmbar Energia. Essa posição surge em resposta a um artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, que sugeria que executivos da empresa foram recebidos em sua pasta repetidas vezes antes da emissão de uma medida provisória que beneficiou negócios do grupo.
A controvérsia gira em torno de uma medida provisória recentemente promulgada, a qual impactou diretamente os interesses comerciais da Âmbar Energia em relação à distribuidora Amazonas Energia. Esse episódio levanta questionamentos significativos sobre o processo de tomada de decisão governamental e possíveis influências externas nos rumos políticos e econômicos do setor energético brasileiro.
Privatizada em 2018, a Amazonas Energia foi adquirida pelo grupo Oliveira Energia, porém não conseguiu reverter sua deterioração financeira, conforme recomendado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este órgão regulador chegou a sugerir a caducidade do contrato da empresa ao governo, um tema que tem sido objeto de análise e solução desde o ano passado.
Em sua defesa, Alexandre Silveira garantiu que a medida provisória não acarretará nenhum ônus para os consumidores do mercado cativo. Pelo contrário, a legislação visa redistribuir os encargos que atualmente recaem exclusivamente sobre energia de reserva, distribuindo-os também entre os participantes do mercado livre, especialmente as indústrias.
O ministro esclareceu que teve apenas dois encontros oficiais com Marcelo Zanatta, CEO da Âmbar Energia. O primeiro ocorreu logo após sua posse, no início de sua gestão, e o segundo durante a assinatura do PCS (Plano de Contingência de Substituição de Energia Térmica), um leilão emergencial de térmicas promovido para reforçar o suprimento energético do país. Esses esclarecimentos contradizem informações anteriores que sugeriam múltiplos encontros informais entre eles.