O Banco da Inglaterra (BoE) anunciou nesta quinta-feira (9), após a sexta reunião consecutiva, a decisão de manter sua taxa básica de juros em 5,25%. A medida, em linha com as expectativas dos analistas, reflete a postura cautelosa do banco central britânico diante das incertezas econômicas globais.

Apesar da manutenção da taxa de juros, o BoE deixou claro que está considerando cortes futuros. Ainda que a decisão desta vez tenha sido por maioria, houve uma crescente sugestão entre os diretores para um corte de 25 pontos-base. Essa mudança sinaliza uma possível revisão na política monetária do banco central, em resposta aos desafios econômicos atuais.

Não unanimidade na decisão do BoE com a taxa de juros

A falta de unanimidade marcou novamente a decisão do BoE, com dois membros do comitê votando a favor de um corte na taxa de juros. Esse resultado, com um placar final de 7 a 2 em favor da manutenção, destaca as diferentes perspectivas dentro do banco central em relação às melhores medidas a serem tomadas para impulsionar a economia do Reino Unido.

Impacto da política monetária restritiva

Em seu comunicado, o BoE reconheceu os efeitos de sua política monetária restritiva sobre a economia real. No entanto, o mercado de trabalho está mais frouxo, refletindo as pressões inflacionárias e os desafios enfrentados por diversos setores. Essa avaliação indica, portanto, a necessidade de um ajuste cuidadoso na política monetária para equilibrar as preocupações inflacionárias e estimular o crescimento econômico.

Expectativas em relação à inflação

Espera-se que a inflação se mantenha próxima à meta de 2% a curto prazo, conforme indicadores recentes. No entanto, há previsões de uma possível elevação no segundo semestre do ano, devido aos efeitos relacionados à energia. Essa projeção destaca os desafios enfrentados pelo BoE na gestão da política monetária em um cenário econômico global em constante mudança.