O Banco Central da Argentina anunciou, nesta quinta-feira (11), a redução da sua taxa de juros de referência em 10 pontos percentuais. Este é o terceiro ajuste desde que o presidente libertário Javier Milei assumiu o cargo em dezembro, destacando um dos principais objetivos de conter a inflação elevada.

A redução, em comparação com o nível anterior de 80%, reflete a confiança do governo em diminuir a inflação, que atinge mais de 275% ao ano.

Em comunicado, o banco central afirmou que “após a correção inicial dos preços relativos em dezembro de 2023, estamos observando uma desaceleração significativa da inflação, apesar do forte efeito estatístico tardio que a inflação carrega em suas médias mensais”.

Medidas implementadas por Milei

Desde que Milei assumiu o cargo, o banco observou uma significativa redução na base monetária, o que contribui para absorver a liquidez e conter os aumentos de preços.

Os dados da inflação de março do país serão divulgados na sexta-feira (12), com estimativas dos analistas em torno de 12% para o mês, enquanto o governo prevê que fique próximo a 10%. Isso representa uma queda em relação ao pico de mais de 25% registrado em dezembro, após uma forte desvalorização da moeda por Milei.

As políticas fiscais rígidas do presidente aumentaram o otimismo dos investidores na Argentina, impulsionando ações e títulos, apesar do aumento nos níveis de pobreza e da recessão econômica, refletida na queda da atividade, produção e consumo.