Um conflito entre os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está causando preocupação e paralisando processos cruciais para o setor elétrico brasileiro. Divergências políticas e pessoais têm levado a impasses, atrasando a resolução de questões importantes, como a revisão de indenizações bilionárias e definições de tarifas. A falta de consenso tem levantado questionamentos sobre a eficácia e imparcialidade da agência reguladora.

Os impasses entre os diretores intensificaram-se no último ano, resultando em dois grupos distintos: Fernando Mosna e Ricardo Tili de um lado, em discordância com o diretor-geral Sandoval Feitosa. Essas disputas têm gerado incertezas no setor, preocupando especialistas e executivos de grandes empresas de energia.

O conflito mais recente ocorreu em relação à revisão tarifária no Amapá, onde a Aneel decidiu por um aumento tarifário equivalente a zero, o que foi criticado pelo diretor-geral Feitosa, causando desaprovação entre os demais diretores. Essa falta de alinhamento tem gerado atrasos e impasses na tomada de decisões, afetando diretamente o setor elétrico.

Com isso, a credibilidade da Aneel está em xeque, e a falta de diálogo interno no colegiado tem enfraquecido a postura do regulador. Especialistas alertam para o risco de interferências indevidas por parte de outros atores, como o Congresso e o Ministério de Minas e Energia.

Em meio a indefinições e disputas, processos cruciais para o setor elétrico continuam pendentes, aumentando a preocupação e a incerteza no mercado.