A renomada pesquisadora americana Claudia Goldin foi anunciada como a laureada do Prêmio Nobel de Economia de 2023, em um comunicado emitido pela Academia Real de Ciências da Suécia nesta segunda-feira (9). O prêmio foi concedido a Goldin “em reconhecimento ao seu significativo avanço na compreensão dos resultados do mercado de trabalho das mulheres”.

O prêmio histórico, que é distribuído anualmente desde 1969, marca apenas a terceira vez em que uma mulher é homenageada na categoria de Economia. Anteriormente, Elinor Ostrom recebeu a honraria em 2009 e Esther Duflo em 2019.

O comitê do Nobel destacou que Claudia Goldin apresentou o primeiro estudo abrangente sobre os rendimentos das mulheres e sua participação no mercado de trabalho ao longo de séculos. Suas pesquisas revelaram novos e surpreendentes insights sobre os papéis históricos e contemporâneos das mulheres no mercado de trabalho, com foco nas limitações impostas pela instituição do casamento e pelas responsabilidades familiares.

Diferentemente dos outros prêmios Nobel, o Prêmio de Economia não foi originalmente estabelecido no testamento de Alfred Nobel, em 1895, mas foi criado posteriormente pelo banco central sueco em sua memória.

No ano passado, o prêmio foi concedido ao ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Ben S. Bernanke, juntamente com os economistas Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig, em reconhecimento aos seus estudos sobre bancos e crises financeiras, que estabeleceram as bases para a prevenção de colapsos bancários.

Prêmio Nobel 2023

O anúncio do Prêmio Nobel de Economia de 2023 faz parte da série de prêmios Nobel deste ano. Os outros laureados incluem Katalin Karikó e Drew Weissman na categoria de Fisiologia e Medicina, Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier na categoria de Física, e Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov na categoria de Química. O Prêmio Nobel de Literatura foi concedido a Jon Fosse, enquanto o Prêmio Nobel da Paz foi entregue à ativista iraniana dos direitos das mulheres, Narges Mohammadi, em reconhecimento ao seu corajoso ativismo, mesmo diante de detenções e condenações no Irã.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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