Presidente Lula critica FMI em discurso na ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu retorno à Assembleia Geral das Nações Unidas após um hiato de 14 anos, focando em questões de reforma global e igualdade nas instituições internacionais. Lula expressou preocupação com a desigualdade persistente nas principais instâncias de governança global, especialmente no que se refere à representação desigual […]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu retorno à Assembleia Geral das Nações Unidas após um hiato de 14 anos, focando em questões de reforma global e igualdade nas instituições internacionais.
Lula expressou preocupação com a desigualdade persistente nas principais instâncias de governança global, especialmente no que se refere à representação desigual no Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Conselho de Segurança da ONU.
Crítica ao FMI e apelo por reforma
O presidente do Brasil criticou fortemente a alocação desigual de recursos pelo FMI, destacando que US$ 160 bilhões foram destinados a países europeus, enquanto apenas US$ 34 bilhões foram direcionados a países africanos. Ele instou a necessidade de reformas nas bases da governança econômica global.
Lula destacou o papel do BRICS como uma resposta ao “imobilismo” das organizações multilaterais tradicionais, promovendo cooperação entre países emergentes, e também criticou o neoliberalismo por aprofundar a desigualdade global, destacando a necessidade de políticas de inclusão cultural, educacional e digital, bem como a preservação da liberdade de imprensa.
Condenação de sanções unilaterais
Lula defendeu a importância do diálogo como base para soluções duradouras em conflitos armados e condenou as sanções unilaterais que prejudicam populações afetadas.
O presidente brasileiro abordou diversos desafios globais, incluindo conflitos não resolvidos e novas ameaças. Ele argumentou que a comunidade internacional precisa escolher entre ampliar conflitos e renovar instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz.
Ele enfatizou a necessidade de investir mais em desenvolvimento do que em armamentos, destacando que a estabilidade e segurança não podem ser alcançadas onde há exclusão social e desigualdade.
No discurso que durou cerca de 21 minutos, Lula trouxe à tona questões cruciais para a governança global e instou a comunidade internacional a abordar essas questões de maneira eficaz.