A Telefônica Brasil/Vivo (VIVT3) revelou um desempenho financeiro robusto no segundo trimestre de 2024, destacando-se pelo baixo nível de endividamento e pela capacidade de fazer novas aquisições. Com uma relação entre dívida líquida e Ebitda reduzida para 0,5 vez, a empresa se posiciona estrategicamente para novas oportunidades de consolidação e expansão.

No segundo trimestre de 2024, a Telefônica Brasil/Vivo apresentou uma relação entre dívida líquida e Ebitda de apenas 0,5 vez, marcando uma redução significativa de 3,7% em comparação ao primeiro trimestre do ano. Este baixo nível de endividamento coloca a empresa em uma posição financeira sólida, permitindo-lhe explorar novas oportunidades de aquisição e expansão no mercado. De acordo com os analistas do Itaú BBA, esse desempenho financeiro coloca a Vivo em uma posição ideal para realizar operações de consolidação, aproveitando sua flexibilidade financeira.

Recentemente, a Vivo anunciou a aquisição da IPNET, uma das principais parceiras do Google no Brasil. O valor da transação pode chegar a R$ 230 milhões, condicionado ao cumprimento de metas operacionais e financeiras nos próximos quatro anos. A IPNET é especializada em produtos e serviços relacionados ao Google Cloud e Google Workspace, alinhando-se com a estratégia da Vivo de expandir sua presença no mercado de nuvem. Christian Gebara, CEO da Vivo, destacou a importância da nuvem na estratégia da empresa, especialmente no contexto pós-pandemia, onde a migração para soluções em nuvem tem se acelerado. A aquisição da IPNET permite à Vivo diversificar seu portfólio B2B e reforçar sua posição no mercado de soluções em nuvem, um segmento que tem visto um crescimento considerável.

Além da aquisição da IPNET, rumores indicam que a Vivo está em negociações para adquirir a Desktop (DESK3), provedora de serviços de internet localizada no interior de São Paulo. Embora detalhes específicos sobre a transação ainda não tenham sido confirmados, a possível compra da Desktop é vista como uma extensão da estratégia de expansão da Vivo. A aquisição da Desktop poderia permitir à Vivo aumentar sua presença no interior de São Paulo e diversificar ainda mais seus serviços, fortalecendo sua posição no mercado brasileiro de telecomunicações.

A Vivo também reafirmou seu compromisso com a distribuição de lucros aos acionistas. A empresa se comprometeu a distribuir um valor igual ou superior a 100% do lucro líquido obtido no exercício social deste e dos próximos dois anos. Em 2024, a Vivo já distribuiu R$ 4,137 bilhões aos acionistas, evidenciando seu compromisso em recompensar seus investidores e manter a confiança no mercado.

O foco da Vivo para o futuro inclui a continuidade da expansão de sua infraestrutura de fibra óptica. No entanto, a empresa demonstrou preferência por crescer de forma sustentável, concentrando-se em receitas que não exijam grandes investimentos em capital (capex). Essa abordagem reflete a estratégia da Vivo de maximizar a rentabilidade e garantir um crescimento sustentável, alinhado com suas metas financeiras de longo prazo.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.