Usiminas (USIM5) reporta prejuízo no segundo trimestre de 2024
A Usiminas (USIM5) divulgou seu relatório financeiro para o segundo trimestre de 2024, revelando um prejuízo significativo de R$ 99,7 milhões. Este resultado negativo contrasta fortemente com o lucro de R$ 287,3 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. A companhia enfrenta desafios substanciais, impulsionados por variações nas receitas, despesas operacionais e perdas cambiais. […]

A Usiminas (USIM5) divulgou seu relatório financeiro para o segundo trimestre de 2024, revelando um prejuízo significativo de R$ 99,7 milhões. Este resultado negativo contrasta fortemente com o lucro de R$ 287,3 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. A companhia enfrenta desafios substanciais, impulsionados por variações nas receitas, despesas operacionais e perdas cambiais. Vamos explorar os detalhes do desempenho da empresa e os fatores que contribuíram para esse resultado adverso.
No segundo trimestre de 2024, a Usiminas viu uma queda acentuada no seu Ebitda ajustado, que totalizou R$ 247,2 milhões, representando uma redução de 33% em comparação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada também recuou, passando de 5% para 4% no comparativo anual. Esta diminuição é atribuída ao aumento nos custos dos produtos vendidos e às variações nas receitas e despesas operacionais. O aumento dos custos, que impactou diretamente a rentabilidade da empresa, reflete a pressão contínua sobre os preços e as margens do setor siderúrgico.
A receita líquida da Usiminas registrou uma redução de 8% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 6,3 bilhões. O declínio nas vendas foi mais pronunciado no mercado externo, que caiu 19%, enquanto as vendas internas diminuíram 5%. Este desempenho negativo é resultado de uma desaceleração econômica global que afetou a demanda por aço, além da pressão competitiva internacional e uma potencial sobreoferta no setor. A Usiminas, portanto, enfrentou uma combinação de condições de mercado desfavoráveis que impactaram sua receita e capacidade de manter volumes de vendas robustos.
Os custos dos produtos vendidos pela Usiminas aumentaram em 3% no comparativo anual, totalizando R$ 6,02 bilhões. Esse aumento resultou em um lucro bruto de R$ 328,2 milhões, uma redução expressiva de 44% em relação ao ano anterior. A margem bruta ajustada caiu de 8% para 5%, refletindo o impacto dos custos mais altos sobre a rentabilidade da empresa. A elevação nos custos dos produtos vendidos foi um dos principais fatores que contribuíram para a redução da margem bruta e para o prejuízo reportado.
O endividamento da Usiminas aumentou substancialmente, atingindo R$ 998 milhões ao final do segundo trimestre de 2024. Esse valor representa um crescimento de 222% em relação ao ano anterior. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado também subiu para 0,79x, comparado a 0,41x no mesmo período do ano passado. O aumento no endividamento destaca a necessidade de a empresa lidar com pressões financeiras adicionais enquanto enfrenta um ambiente econômico desafiador.
A Usiminas atribui os desafios do trimestre a volatilidades cambiais e condições adversas de mercado. A empresa está mantendo uma abordagem prudente em relação às suas projeções futuras devido ao ambiente econômico incerto e às incertezas globais que impactam o setor siderúrgico. A companhia continua monitorando a situação econômica global e os impactos potenciais sobre seu desempenho, buscando estratégias para mitigar os riscos e melhorar sua posição financeira.