O UBS Group anunciou neste domingo (19) o acordo de compra do seu maior concorrente, o Credit Suisse, por 3 bilhões de francos suíços, valor correspondente a US$3,2 bilhões.

“Com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, foi encontrada uma solução para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação excepcional”, disse, em comunicado, o Banco Nacional da Suíça, que observou que o banco central trabalhou com o governo suíço e a Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço para promover a fusão dos dois maiores bancos do país.

O acordo criará um gestor de patrimônio global com US$ 5 trilhões em ativos investidos em todo o grupo. Os ativos combinados dos dois bancos são aproximadamente o dobro do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) da Suíça.

Com os termos definidos, os acionistas do Credit Suisse receberão uma ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit detidas, o que equivale a um valor de 0,76 francos suíços por papel, para um total de 3 bilhões de francos (ou US$ 3,2 bilhões), disse o UBS em comunicado.

UBS e Credit Suisse com ações em queda

Um dia após o anúncio, as ações do Credit desabaram 60% e a do UBS chegaram a cair 16% na manhã desta segunda-feira.

Tradicionalmente, os investidores tendem a não receber muito bem notícias de fusões e aquisições. Existe uma dúvida por parte do mercado sobre quanto tempo a operação de compra trará retorno financeiro para quem está comprando (no caso, o UBS).

A queda nas ações do Credit Suisse, por sua vez, era menos esperada. Na teoria, investidores tendem adquirir ações de uma empresa que está sendo comprada por apostar numa valorização no futuro.

Equipe MI

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