O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira (16), manter a restrição ao pagamento de emendas parlamentares, uma decisão que afeta profundamente a dinâmica de alocação de recursos públicos. A maioria dos ministros, com um placar de 6 a 0, apoiou a manutenção das restrições impostas pelo ministro Flávio Dino. Esta decisão é significativa, pois impacta tanto as chamadas “emendas PIX” quanto as emendas impositivas.

A decisão do STF de hoje representa uma vitória para a postura do ministro Flávio Dino em relação ao controle sobre emendas parlamentares. O tribunal formou uma maioria clara para manter a decisão anterior que limita o pagamento dessas emendas. Até o momento, o placar está 6 a 0, com os ministros André Mendonça, Luiz Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli votando a favor da manutenção das restrições.

A decisão do STF tem um impacto abrangente sobre os mecanismos de alocação de recursos. As chamadas “emendas PIX”, que permitem transferências diretas para prefeituras e estados sem uma finalidade específica clara, estão sob novas restrições. Além disso, as emendas impositivas, que obrigam o governo federal a executar os projetos conforme as indicações dos deputados e senadores, também estão incluídas na decisão. Essas emendas podem ser de bancada ou individuais e têm a finalidade definida pelos parlamentares.

A decisão do STF gerou uma onda de reações no Congresso Nacional. Parlamentares começaram a debater possíveis ajustes nos procedimentos para garantir maior transparência e controle sobre as emendas. A rejeição, na última quarta-feira (14), de uma medida provisória que visava abrir um crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para o Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também refletiu o descontentamento com a decisão do STF.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que teve um papel crucial na rejeição da medida, sinalizou uma crescente tensão entre o Legislativo e o Judiciário. Este embate pode afetar a dinâmica das pautas e a colaboração entre os dois poderes.

A decisão atual contou com o apoio dos ministros André Mendonça, Luiz Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Contudo, o julgamento ainda não está concluído. Restam cinco votos a serem computados no plenário virtual do STF. O prazo para que os magistrados protocolarem suas posições é até as 23h59 desta sexta-feira.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.