Queda do poder de compra preocupa 88% dos brasileiros, revela pesquisa
Uma pesquisa da BNP Paribas Cardif revelou que 88% dos brasileiros estão preocupados com a queda do poder de compra em 2024. Aumento da taxa de juros e o risco de desemprego também são preocupações significativas, com 72% e 63% dos entrevistados, respectivamente.
Uma pesquisa realizada pela BNP Paribas Cardif, entre 9 de janeiro e 13 de fevereiro de 2024, revelou que a queda do poder de compra se destaca como a principal preocupação de 88% dos brasileiros. Esse dado alarmante reflete um cenário econômico desafiador, onde o aumento da taxa de juros e o medo de perder a fonte de renda também afligem a população. A pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Ipsos, entrevistou mil brasileiros, trazendo à tona questões cruciais sobre a realidade financeira do país.
As dificuldades relacionadas à queda do poder de compra emergem como um problema social significativo em 2024. Apesar das recentes melhorias nas taxas de desemprego, 63% dos entrevistados afirmam se sentir vulneráveis ao risco de perder sua fonte de renda no curto e médio prazo. Este sentimento de insegurança é amplificado pelo aumento das taxas de juros, que preocupa 72% dos participantes da pesquisa.
Os dados coletados pela BNP Paribas Cardif não apenas revelam a situação atual, mas também indicam um desejo crescente da população em buscar soluções financeiras, como a contratação de crédito. Em um momento em que o poder aquisitivo é limitado, a busca por empréstimos e financiamentos se torna uma alternativa cada vez mais comum.
O estudo identificou um aumento significativo na intenção dos brasileiros de contratar crédito, com destaque para três áreas principais:
- Financiamento de imóveis: 72% dos entrevistados pretendem usar crédito para essa finalidade.
- Início de negócios próprios: 68% demonstraram interesse em financiar suas iniciativas empresariais.
- Tratamento médico: 66% dos brasileiros estão considerando a contratação de crédito para cobrir despesas de saúde.
Além disso, comparado a 2021, houve um crescimento na intenção de crédito em outras áreas:
- Aquisição de carro: A intenção subiu para 61%, um aumento de 20 pontos percentuais.
- Realização de reformas: 61% dos entrevistados planejam usar crédito para reformar suas casas, um aumento de 17 pontos percentuais.
- Contratação de cursos: 60% estão dispostos a investir em educação, refletindo um aumento de 13 pontos percentuais.
Esses dados evidenciam uma mudança na mentalidade dos brasileiros em relação ao crédito, transformando-o em uma ferramenta necessária para enfrentar os desafios econômicos atuais.
A pesquisa também revela um aumento na conscientização sobre seguros financeiros, particularmente os seguros prestamistas, que garantem o pagamento de dívidas em caso de perda de renda. De acordo com o levantamento, 63% dos brasileiros conhecem esses produtos, enquanto 14% não apenas compreendem suas vantagens, mas também já os contrataram. Isso demonstra um avanço na relação dos brasileiros com seguros, embora ainda haja um espaço considerável para crescimento.
Contudo, 77% do público relatou dificuldades na aquisição de seguros de proteção financeira. Os principais obstáculos incluem a complexidade dos contratos (30%) e a burocracia envolvida (23%). Para contornar esses problemas, a BNP Paribas Cardif implementou medidas para simplificar os processos, reduzindo 70% dos riscos excluídos e 25% dos documentos exigidos em seus principais produtos.
O panorama observado no Brasil reflete uma tendência global, onde preocupações financeiras predominam sobre riscos de violência e problemas de saúde. A pesquisa global realizada pela BNP Paribas Cardif em 21 países, incluindo França, Espanha, Itália, e México, apontou que 79% dos participantes se preocupam com conflitos internacionais, enquanto 76% mencionaram as mudanças climáticas como uma questão prioritária. A queda do poder de compra foi citada como uma preocupação por 75% dos entrevistados.
A segurança cibernética, um novo tema introduzido na pesquisa deste ano, foi destacada como a segunda principal preocupação global, citada por 74% dos participantes. Essa crescente ansiedade reflete as mudanças no mundo moderno, onde a tecnologia traz novos desafios que precisam ser enfrentados.