Na última semana, os estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA) surpreenderam ao registrar uma queda significativa de 3,443 milhões de barris, atingindo um total de 445,096 milhões de barris. Esta redução superou as expectativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que estimavam um recuo de apenas 1,1 milhão de barris.

Ao mesmo tempo, os estoques de gasolina experimentaram um declínio de 2,006 milhões de barris, totalizando 229,666 milhões de barris. Embora positiva, essa diminuição ficou ligeiramente acima da previsão inicial de uma redução de 1,4 milhão de barris. Em contrapartida, os estoques de destilados aumentaram de forma surpreendente, adicionando 4,884 milhões de barris, alcançando um total de 124,612 milhões de barris. Esta variação foi muito superior à expectativa de crescimento de apenas 200 mil barris, evidenciando uma dinâmica complexa no mercado de derivados de petróleo.

A utilização da capacidade das refinarias nos EUA mostrou um aumento significativo, subindo de 93,5% na semana anterior para 95,4% na semana mais recente. Este incremento foi além das previsões, que apontavam uma taxa de 93,5%, refletindo uma maior demanda por processamento de petróleo bruto. Simultaneamente, a produção média diária de petróleo no país teve um leve acréscimo, passando de 13,2 milhões de barris para 13,3 milhões de barris, indicando uma resposta à demanda interna e externa por energia.

Essas variações nos estoques e na capacidade de refinaria têm influenciado diretamente os preços internacionais do petróleo, com investidores monitorando de perto os dados para ajustar suas estratégias. A queda nos estoques de petróleo, apesar de positiva para os mercados, contrastada com o aumento nos destilados, pode sinalizar desafios futuros na oferta e demanda de produtos refinados.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.