“Minha relação com Lula e Roberto Campos Neto é a melhor possível”, diz Galípolo em Sabatina
Ao ser questionado sobre as críticas frequentes de Lula a Campos Neto, especialmente em relação à condução da política monetária e à taxa Selic, Galípolo expressou pesar por não ter conseguido facilitar uma relação mais harmoniosa entre o Executivo e o BC.

Durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o economista Gabriel Galípolo, indicado para assumir a presidência do Banco Central (BC) em 2025, destacou sua boa relação tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
“A minha relação com o presidente Lula e com o presidente Roberto é a melhor possível. Sempre fui muito bem tratado pelos dois e não consigo fazer qualquer queixa a nenhum deles”, disse Galípolo.
Ao ser questionado sobre as críticas frequentes de Lula a Campos Neto, especialmente em relação à condução da política monetária e à taxa Selic, Galípolo expressou pesar por não ter conseguido facilitar uma relação mais harmoniosa entre o Executivo e o BC.
“Gostaria de, dentro das minhas funções, de ter colaborado para que essa relação entre o BC e o Executivo fosse melhor ainda”, afirmou Galípolo.
Desde o início de seu mandato em janeiro de 2023, Lula tem criticado frequentemente a condução da política monetária pelo presidente do Banco Central, Campos Neto.
A principal queixa do presidente tem sido o elevado patamar da taxa Selic, que, segundo ele, prejudica a recuperação econômica ao encarecer o crédito e inibir investimentos. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa, foi alvo dessas críticas ao manter os juros em níveis que o presidente considera excessivos.
Na última reunião do Copom, realizada no mês passado, a Selic foi aumentada em 0,25 ponto percentual, chegando a 10,75% ao ano. Segundo as projeções do mercado financeiro, divulgadas no Boletim Focus do Banco Central, a expectativa é que a taxa básica de juros termine 2024 em 11,75%, mantendo-se alta por mais tempo do que o desejado pelo governo federal.