A Log CP (LOGG3), empresa especializada no desenvolvimento, locação e administração de galpões logísticos, quase dobrou seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 (1T24) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento é atribuído aos elevados níveis de pré-locação e à estabilização do baixo índice de vacância.

No período de janeiro a março deste ano, a empresa alcançou um lucro líquido de R$55,3 milhões, representando um aumento de 90,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Além disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 36,4%, totalizando R$74 milhões, conforme divulgado pela empresa nesta quarta-feira.

De acordo com o presidente-executivo da Log, Sérgio Fischer, “O mercado de locação de imóveis logísticos está altamente demandado”, disse. Fischer destacou ainda que o índice de pré-locação da Log atingiu 100% até o final de março, enquanto o índice de vacância, que representa as áreas disponíveis para locação, permaneceu estável no período, em 0,91%.

“As duas variáveis (nível alto de pré-locação e vacância baixa estável), ajudam… O setor de condomínios logísticos classe A no Brasil hoje roda com uma vacância de 10%. A Log tem, nos últimos 5 anos, reportado vacâncias muito próximas de zero”, complementou.

Planos futuros da Log CP (LOGG3)

A empresa tem como objetivo aumentar sua receita anual de locação entre 20% e 25% este ano e nos próximos até 2028, segundo Fischer.

Além disso, a Log planeja entregar 500 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) em 2024 e aproximadamente 2 milhões de metros quadrados nos próximos quatro anos. O executivo destacou que, para 2024, a pré-locação desses ativos já está próxima de 50%.

“À medida que a gente vai entregando, vai chegando próximo do final de cada obra, esse número tende a aumentar, que foi o que aconteceu no primeiro trimestre, com a entrega de 100% de pré-locação”, contou.

Fischer destaca que o setor está experimentando um bom momento, impulsionado por uma taxa básica de juros em declínio e um aumento na renda do consumidor, o que estimula o consumo e, consequentemente, a demanda por galpões logísticos no país.

Nos últimos doze meses, a Log informou que obteve mais de 1,7 bilhão de reais com sua estratégia de “reciclagem de ativos”, na qual a empresa geralmente vende ativos existentes para liberar capital ou reinvesti-lo em novos projetos. De acordo com a Log, essas vendas foram realizadas com margens “relevantes”.

Neste mês, a empresa concluiu a venda de dois galpões, um em Minas Gerais e outro na Bahia, totalizando 509,7 milhões de reais e uma margem bruta de 40,9%.

“A Log continua a demonstrar atratividade, liquidez e uma forte demanda por seus ativos em 2024”, afirmou a companhia em comunicado.