IPCA maio desacelera, a 0,23%; inflação bate 3,94% em 12 meses, abaixo do esperado
O IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil, divulgado nesta quarta-feira (7) pelo IBGE, revelou uma tendência de desaceleração em maio, com uma variação de 0,23% em relação a abril. A alta acumulada do IPCA em 2023 é de 2,95%, enquanto nos últimos 12 meses o índice atingiu 3,94%. No mesmo período do ano […]

O IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil, divulgado nesta quarta-feira (7) pelo IBGE, revelou uma tendência de desaceleração em maio, com uma variação de 0,23% em relação a abril. A alta acumulada do IPCA em 2023 é de 2,95%, enquanto nos últimos 12 meses o índice atingiu 3,94%.
No mesmo período do ano passado, a variação da inflação foi de 0,47%, e desse modo, os analistas de mercado esperavam uma inflação um pouco mais alta, já que o consenso Refinitiv previa uma taxa de 0,33% no mês e 4,04% na comparação anual.
Agora, a tendência da inflação é declinante, uma vez que em fevereiro, o IPCA alcançou 0,84% na leitura mensal, mas caiu para 0,71% em março e 0,61% em abril. Na comparação anual, o indicador vem diminuindo desde abril do ano passado, quando atingiu o pico de 12,13%.
Destaques IPCA maio
Dentre os destaques do IPCA de maio, apenas os grupos de Transportes (-0,57%) e Artigos de residência (-0,23%) registraram queda. No grupo de Transportes, destacam-se as reduções nos preços das passagens aéreas (-17,73%) e dos combustíveis (-1,82%), devido às quedas nos preços do óleo diesel (-5,96%), gasolina (-1,93%) e gás veicular (-1,01%).
A desaceleração da inflação em maio também foi influenciada pelo grupo de Alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio.
No grupo de Alimentação no domicílio, o destaque foi para a estabilidade de preços, após uma alta de 0,73% no mês anterior. Houve queda nos preços das frutas (-3,48%), óleo de soja (-7,11%) e carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta ficou por conta do tomate (6,65%), leite longa vida (2,37%) e pão francês (1,40%).
O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve o maior impacto (0,12 p.p.) e a maior variação (0,93%), com destaque para o plano de saúde (1,20%) e itens de higiene pessoal (1,13%), especialmente o subitem perfumes (3,56%). Os produtos farmacêuticos também contribuíram para o resultado, com alta de 0,89%, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março.
O grupo de Habitação, com variação de 0,67%, também contribuiu para a alta do IPCA em maio. Segundo o analista da pesquisa, os preços da água e esgoto e da energia elétrica tiveram influência, com reajustes em algumas capitais.
A taxa de água e esgoto contribuiu com a maior parcela (0,05 p.p.), com variação de 2,67%, devido a reajustes aplicados em seis áreas abrangidas pelo índice. Já a variação da energia elétrica residencial, de 0,91%, contribuiu com 0,04 p.p., principalmente por conta dos reajustes aplicados em seis capitais.
Veja também:
Governo anuncia R$1,5 bilhão em crédito para montadoras visando renovação da frota de ônibus e caminhões