IPCA-15 desacelera para 0,30% em Julho, mas supera expectativas do mercado
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que antecipa a inflação oficial do Brasil, desacelerou para 0,30% em julho. Esta taxa representa uma redução em relação às altas de 0,44% em maio e 0,39% em junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 25 de julho. Apesar […]

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que antecipa a inflação oficial do Brasil, desacelerou para 0,30% em julho. Esta taxa representa uma redução em relação às altas de 0,44% em maio e 0,39% em junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 25 de julho. Apesar da desaceleração, a inflação acumulada em 12 meses subiu para 4,45%, superando tanto o índice de 3,19% registrado no mesmo período do ano passado quanto os 4,06% até junho de 2024.
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, sete mostraram alta em julho. Os setores de Alimentação e Bebidas (-0,44%) e Vestuário (-0,08%) foram os únicos a registrar quedas. O grupo Transportes teve a maior variação de 1,12%, contribuindo com 0,23 ponto percentual para o índice geral. Em seguida, vieram os grupos Habitação (0,49% e 0,07 p.p.) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% e 0,05 p.p.).
O grupo Transportes apresentou o maior impacto na inflação de julho, com um aumento de 1,12%. O destaque foi para o aumento das passagens aéreas, que subiram 19,21%, contribuindo com 0,12 ponto percentual para o índice. No setor de combustíveis, a alta foi de 1,39%, com a gasolina subindo 1,43%, o etanol 1,78% e o óleo diesel 0,09%. Por outro lado, o gás veicular apresentou uma queda de 0,25%, refletindo a variação dos preços dos combustíveis.
No grupo Alimentação e Bebidas, o índice caiu 0,70% em julho. As principais quedas foram observadas em itens como cenoura (-21,60%), tomate (-17,94%), cebola (-7,89%) e frutas (-2,88%). No entanto, o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%) apresentaram altas. A alimentação fora do domicílio subiu 0,25%, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,59%.
O grupo Habitação registrou uma alta de 1,20% em julho, principalmente devido ao aumento na energia elétrica residencial, impulsionada pela vigência da bandeira tarifária amarela. Essa bandeira adiciona R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Reajustes tarifários também foram aplicados em Belo Horizonte (3,40%) e São Paulo (0,42%). A taxa de água e esgoto aumentou em várias cidades, incluindo Brasília (5,02%) e Curitiba (0,09%). O gás encanado teve uma leve queda de 0,28%, com destaque para a redução de 0,93% no Rio de Janeiro.