A empresa norte-americana do setor de tecnologia Intel (INTC; INTB3; ITLC34) anunciou novos chips de inteligência artificial (IA) para data centers, em uma tentativa de competir com rivais como Nvidia (NVDA; NVDC34) e AMD (AMD; A1MD34), que também lançaram a próxima geração de seus chips de IA em Taiwan.

Durante a conferência de tecnologia Computex, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, apresentou o processador Xeon 6. Este processador promete oferecer melhor desempenho e eficiência energética para cargas de trabalho intensivas de data centers, superando seu antecessor.

Paralelamente, Jensen Huang, CEO da Nvidia, anunciou no último domingo (02) que a empresa lançará sua plataforma de chip de IA mais avançada, chamada Rubin, em 2026. Ele mencionou que essa plataforma será a sucessora da Blackwell, que fornece chips para data centers e foi anunciada em março deste ano.

De olho na liderança

Além da busca pela liderança no setor, o anúncio da Intel ocorre seis meses após o lançamento dos processadores Intel Xeon de 5ª geração para cargas de trabalho de data center e dois meses após a introdução do processador Gaudi 3 para treinamento e implantação de modelos de IA.

Na terça-feira, a Intel revelou que os preços dos aceleradores de IA Gaudi 2 e Gaudi 3 são mais baixos do que os chips concorrentes. “Os clientes estão procurando soluções de treinamento e inferência de IA de alto desempenho e econômicas. E começaram a recorrer a alternativas como Gaudi. Eles querem escolha. Eles querem soluções abertas de software e hardware e soluções de tempo de colocação no mercado com TCOs [custo total de propriedade] drasticamente mais baixos”, afirmou Pat Gelsinger.

A empresa também divulgou detalhes sobre a arquitetura de seus próximos processadores Lunar Lake, que visam continuar crescendo na categoria de PCs com IA. Os chips Lunar Lake, previstos para serem lançados no terceiro trimestre, competirão com os chips da Nvidia e da AMD, especificamente projetados para PCs de IA.

A Intel está tentando alcançar a Nvidia e a AMD, depois de ter ficado à margem do frenesi da IA, que viu gigantes da tecnologia como Meta, Microsoft e Google adquirirem o máximo possível de chips da Nvidia.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.