IPCA desacelera em abril, chegando a 0,61%;
Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do país, apresentou uma desaceleração, registrando uma alta de 0,61% em abril, após ter subido 0,71% em março e 0,84% em fevereiro. Já em abril do ano […]

Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do país, apresentou uma desaceleração, registrando uma alta de 0,61% em abril, após ter subido 0,71% em março e 0,84% em fevereiro. Já em abril do ano anterior (2022), a inflação no mês foi de 1,06%.
Ainda de acordo com o IBGE, nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou um aumento de 4,18%. Já no ano, a inflação acumulada é de 2,72%. Esses números representam uma queda em relação a março, quando as variações eram de 4,65% e 2,09%, respectivamente.
As informações divulgadas superaram as expectativas do consenso Refinitiv, que estimava uma inflação de 0,54% no mês e de 4,10% na comparação anual.
Veja o resultado dos nove grupos que compõem o IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,71%;
- Habitação: 0,48%;
- Artigos de residência: 0,17%;
- Vestuário: 0,79%;
- Transportes: 0,56%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,49%;
- Despesas pessoais: 0,18%;
- Educação: 0,09%;
- Comunicação: 0,08%.
Preço dos medicamentos e a inflação
Para o IBGE, os preços de medicamentos e produtos farmacêuticos foram os principais responsáveis pela inflação em abril. Apenas nesses produtos, houve um aumento de 3,55% registrado no índice, o que correspondeu a um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação.
Tradicionalmente, no final de março, o governo federal concede autorização para o reajuste dos preços de remédios, o que impacta diretamente a inflação. Em 2023, os valores dos medicamentos em todo o país foram autorizados a serem ajustados em até 5,60% a partir do dia 31 de março. O limite de reajuste estabelecido pelo governo pode ser repassado pelas farmácias de uma vez ou gradualmente ao longo do ano.
Segundo o analista do IBGE, André Almeida, além do aumento nos preços dos remédios, os valores dos planos de saúde também tiveram um aumento de 1,20%. Ele explicou que isso se deu devido à incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
O grupo de Alimentação e Bebidas, que voltou a ganhar força e a acelerar, foi outro fator de pressão na inflação de abril. Em março, esse setor registrou um aumento de apenas 0,05%, mas ao final de abril, a alta foi de 0,71%.
O tomate (10,64%), o leite longa vida (4,96%) e o queijo (1,97%) foram alguns dos produtos que registraram alta nos preços. Em março, esse grupo havia desacelerado consideravelmente, apresentando deflação de 0,14%. Já em abril, o grupo fechou com alta de 0,73%.