O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou um aumento de 0,89% em maio, impulsionado pela aceleração nos preços de matérias-primas brutas e bens intermediários. Isso representa uma aceleração significativa em relação ao mês anterior e supera as expectativas dos analistas.

O IGP-M é um indicador econômico que mede a variação dos preços no mercado, sendo amplamente utilizado como referência para reajustes de contratos de aluguel e tarifas públicas. No acumulado de 12 meses, o índice apresenta uma queda de 0,34%, contrastando com a deflação de 3,04% registrada em abril.

Análise dos componentes do IGP-M de maio

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

O IPA, que representa 60% do índice geral, registrou uma alta de 1,06% em maio, impulsionado pelo aumento nos preços de matérias-primas brutas e bens intermediários. Destacam-se o minério de ferro e o farelo de soja como principais influências positivas.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O IPC, com peso de 30% no índice geral, teve um aumento de 0,44% em maio. Esse resultado foi influenciado pelo aumento do preço da gasolina e pela variação na passagem aérea.

Impacto nos setores específicos

Setor da construção civil

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou um aumento de 0,59% em maio, refletindo a pressão inflacionária no setor.

Setores afetados pela variação dos preços

A aceleração nos preços pode impactar outros setores da economia, como o varejo e a indústria, aumentando os custos de produção e influenciando as políticas de preços e investimentos.

Conclusão e perspectivas futuras

O aumento do IGP-M em maio indica uma pressão inflacionária que pode ter implicações para as políticas monetárias do país. Os dados também sugerem a necessidade de monitoramento contínuo dos preços e suas consequências para o cenário econômico futuro.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.