Bolsonaro recebe autorização para comparecer à missa de 7º dia da mãe de Valdemar Costa Neto
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer à missa de 7º dia pela morte da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a comparecer à missa de sétimo dia pela morte da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. A cerimônia ocorrerá no dia 9 de dezembro, em Mogi das Cruzes, São Paulo. A decisão de Moraes foi tomada após um pedido formal da defesa de Bolsonaro, que solicitou a permissão devido à restrição de contato entre o ex-presidente e o político, imposta pelo STF em razão de investigações relacionadas à Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal.
A autorização de Moraes e a restrição de contato
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto estão proibidos de manter contato devido às investigações da Operação Tempus Veritatis. O inquérito apura, entre outras questões, a possível tentativa de golpe de Estado durante o processo eleitoral de 2022. A autorização dada por Moraes permite que Bolsonaro participe da missa, mas com a condição de que o encontro ocorra apenas durante o período da cerimônia, sem interação posterior entre os envolvidos.
A operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal, é um marco nas investigações que envolvem figuras do alto escalão do governo anterior e suas possíveis conexões com o suposto planejamento de um golpe de Estado. Isso tornou a proibição de contato uma medida necessária para a integridade das investigações. A decisão de Moraes, portanto, visa equilibrar o direito de Bolsonaro de participar de um evento de cunho pessoal, como o luto pela perda da mãe de um aliado político, com as exigências legais em curso.
Bolsonaro também requereu permissão para velório de Leila Caran Costa
Além do pedido para comparecer à missa de sétimo dia, o ex-presidente também solicitou autorização para ir ao velório de Leila Caran Costa, que faleceu aos 99 anos. A decisão do STF, no entanto, chegou tarde demais para que Bolsonaro pudesse se deslocar a tempo para o evento. A autorização foi emitida às 13h30, enquanto o pedido foi protocolado por volta das 10h. Bolsonaro alegou que a “exiguidade de tempo para a organização logística e deslocamento” foi o motivo para não conseguir comparecer ao velório.
Essa situação revela a complexidade dos processos judiciais envolvendo figuras públicas e a necessidade de planejamento logístico para ações que dependem de uma autorização judicial prévia. A decisão do STF, embora atendendo à solicitação, demonstra os desafios que Bolsonaro enfrenta para cumprir com suas responsabilidades políticas e pessoais ao mesmo tempo que se vê no centro de investigações judiciais.
Restrições para viagens internacionais
Além das restrições de contato com aliados políticos, o ex-presidente enfrenta limitações mais graves: o passaporte de Bolsonaro está retido, o que lhe impede de deixar o Brasil. Essa retenção ocorre no contexto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, bem como o escândalo envolvendo a venda irregular de joias recebidas durante viagens internacionais oficiais.
Essas restrições têm gerado discussões políticas e jurídicas, uma vez que a medida pode afetar os planos de Bolsonaro para o futuro. Entre os eventos importantes que ele pode ser impedido de comparecer está a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para janeiro de 2025. A proibição de viagens internacionais, portanto, coloca um obstáculo significativo para o ex-presidente, que ainda busca se recolocar politicamente no cenário nacional e internacional.