Bolsas europeias fecham em baixa com influência de Wall Street e expectativas econômicas
Nesta terça-feira (20), as bolsas europeias apresentaram um desempenho negativo, marcando a primeira queda em seis sessões consecutivas para os índices de Paris e Frankfurt. A tendência de baixa, observada em Londres, Paris e Frankfurt, reflete a influência de movimentos negativos nas ações de Wall Street e as expectativas em torno de eventos econômicos importantes.
As principais bolsas da Europa fecharam em baixa, com Paris e Frankfurt registrando suas primeiras quedas em seis dias. O índice FTSE 100 de Londres caiu 1%, encerrando o dia em 8.273,32 pontos. O CAC 40 de Paris recuou 0,22%, terminando em 7.485,73 pontos, e o DAX de Frankfurt teve uma baixa de 0,36%, fechando a 18.354,74 pontos. Essas quedas refletem a influência negativa das ações em Wall Street, que pressionaram os índices europeus.
A venda generalizada no mercado europeu pode ser atribuída ao impacto das movimentações nas bolsas americanas, que têm mostrado fraqueza recente. Este cenário desanimador gerou uma onda de vendas que atingiu os mercados europeus, resultando em uma sessão de perdas notáveis.
Os investidores estão ansiosos pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e pelo Simpósio de Jackson Hole, eventos que prometem oferecer insights cruciais sobre a política monetária dos Estados Unidos. O discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, na sexta-feira, será um ponto focal, com expectativas de que ele indique o possível tamanho do corte na taxa de juros previsto para setembro.
O Simpósio de Jackson Hole, que começará na sexta-feira, é um evento importante para a economia global, e qualquer sinalização sobre mudanças nas taxas de juros pode influenciar significativamente os mercados financeiros. Os participantes do mercado estão aguardando ansiosamente para entender como o Fed planeja ajustar sua política monetária para enfrentar as condições econômicas atuais.
Na zona do euro, a inflação ao consumidor (CPI) anual acelerou ligeiramente para 2,6% em julho, um aumento em relação ao mês anterior. Esse aumento na inflação ocorre em um momento em que o Banco Central Europeu (BCE) está considerando a possibilidade de um novo corte na taxa de juros para estimular a economia da região.
Adicionalmente, o Banco Central da Suécia (Riksbank) tomou a decisão de reduzir sua taxa básica em 25 pontos-base, fixando-a em 3,5%. Essas medidas refletem o esforço dos bancos centrais europeus para lidar com pressões inflacionárias e apoiar o crescimento econômico. [Leia mais sobre as políticas do BCE e do Riksbank aqui](#).
Entre as ações individuais, a mineradora Antofagasta conseguiu reverter uma queda inicial e fechou em alta de 0,03% em Londres. Apesar da queda no lucro nos últimos seis meses, o resultado superou ligeiramente as expectativas dos analistas, beneficiado pelos preços sustentados das commodities.
Em contraste, a Glencore registrou uma perda de 1,2%, enquanto a Fresnillo e a Anglo American apresentaram ganhos de 0,37% e 0,40%, respectivamente. O desempenho divergente das ações ligadas a commodities reflete a volatilidade nos preços das matérias-primas e suas implicações para as empresas do setor.
O BT Group viu uma queda significativa de 6,39% em Londres, após a CityFibre anunciar um acordo para lançar o serviço de banda larga Sky em sua rede. Este desenvolvimento representa uma competição direta para o BT Group, impactando negativamente suas ações.
Além disso, outros mercados europeus também enfrentaram perdas: o FTSE MIB em Milão caiu 0,57%, o PSI 20 em Lisboa teve uma baixa de 0,68%, e o Ibex 35 em Madri cedeu 0,23%. Essas variações refletem o impacto geral da instabilidade nos mercados financeiros e as incertezas econômicas em curso.